Moraes diz não haver evidências de que Bolsonaro buscou asilo em embaixada da Hungria

Ex-presidente ficou dois dias hospedado na missão diplomática, pouco tempo depois de ser alvo de uma operação da PF

Equipe InfoMoney

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversa com o embaixador húngaro no Brasil, Miklós Halmai, dentro da embaixada da Hungria no Brasil, 4 dias após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF), segundo jornal "The New York Times" (Imagem: Reprodução/NYT)

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Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu que não há evidências que comprovem que o ex-presidente Jair Bolsonaro buscou asilo na Embaixada da Hungria, em Brasília, no último mês de fevereiro.

Bolsonaro ficou dois dias hospedado na missão diplomática, pouco tempo depois de ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e ter seu passaporte apreendido. A ida do ex-presidente para a embaixada húngara foi revelada pelo jornal The New York Times.

Segundo o ministro do STF, “não há elementos concretos que indiquem que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país”.

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Moraes pediu o arquivamento da petição contra Bolsonaro por sua estadia na embaixada, mas manteve a proibição de Bolsonaro sair do país e manter contato com investigados pela tentativa de golpe em 2022.

A Procuradoria-Geral da República, ao se manifestar sobre o caso, já havia dito que a estadia de Bolsonaro na embaixada não violou as medidas cautelares impostas pelo STF.

A defesa do ex-presidente nega que ele tenha descumprido as restrições impostas pelo STF e diz que Bolsonaro sempre colaborou com as investigações.