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Paulo Dantas (MDB) venceu a disputa pelo governo de Alagoas no segundo turno. Com 97,13% das urnas apuradas no estado até as 19h24 horas, Dantas tem 52,39% dos votos e, matematicamente, não há mais chance de uma virada. Seu rival na disputa, Rodrigo Cunha (União Brasil), tem 47,62% dos votos.
Paulo Dantas, 43 anos, é o atual governador de Alagoas, assumindo o lugar de Renan Filho (MDB), que se candidatou (e venceu) uma vaga para o Senado Federal.
O vice de Renan Filho, Luciano Barbosa, havia renunciado em 2020 para ser prefeito de Arapiraca, no interior do estado. Por isso, Dantas foi eleito para um “mandato-tampão” pela Assembleia Legislativa.
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Formado em administração de empresas, Dantas foi prefeito de Batalha entre 2005 e 2012, antes de se eleger como deputado estadual em 2018.
O resultado encerra uma campanha de segundo turno marcada por uma operação da PF contra Dantas, que resultou no afastamento do candidato do cargo de governador.
No último dia 11, Dantas foi alvo de uma ação que investiga um suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa de Alagoas. Segundo o MPF, o esquema teria desviado R$ 54 milhões dos cofres públicos. Dantas acabou afastado do cargo por determinação do Superior Tribunal de Justiça.
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Nesta segunda (24), há cinco dias do segundo turno, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, devolveu o mandato a Dantas. Em sua decisão, Barroso afirmou que há dúvida sobre a competência do STJ para determinar o afastamento. Na terça-feira (25) os demais ministros da Primeira Turma do STF analisaram o caso e referendaram a decisão de Barroso.
Além da operação contra Dantas, a eleição alagoana também foi marcada pela disputa entre os padrinhos políticos dos candidatos. O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP) apoiou Rodrigo Cunha na disputa contra Paulo Dantas, que foi apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB). Na reta final da disputa, Lira e Calheiros elevaram o tom na troca de acusações e críticas nas redes sociais.
Durante a campanha, antes do primeiro turno, houve também uma briga familiar. O pai do agora governador eleito participou de uma propaganda eleitoral do adversário do filho endossando suspeitas de corrupção sobre cargos comissionados envolvendo o atual governador.
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Na sua conta no Twitter, Dantas, o filho, publicou um vídeo dizendo que seu adversário, Cunha, “envergonha a política” e afirmando que o conteúdo havia sido manipulado.
O que faz um governador?
O governador exerce o Poder Executivo no estado e no Distrito Federal. Cabe a quem ocupa o cargo representar, dentro do país, a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. Na chefia da administração estadual, é auxiliado pelas secretárias e secretários de estado.
Governadores podem propor leis e vetar ou sancionar leis aprovadas pelos deputados estaduais. Também respondem pela Segurança Pública dos estados, da qual fazem parte as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Como no Brasil os estados (e o DF) têm autonomia, as competências e responsabilidades do cargo são estipuladas pelas respectivas Constituições estaduais (e, no caso do DF, por sua Lei Orgânica).
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O mandato de um governador é de quatro anos, com possibilidade de reeleição para mais um mandato de quatro anos. Caso reeleito, o governador tem como limite o período de oito anos no poder, ou seja, ele não terá o direito de se reeleger novamente de forma consecutiva para o mesmo cargo.
