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SÃO PAULO – Os partidos conservadores e esquerdistas pró-resgate estão mais próximos de formar um governo de coalização na Grécia, conforme anunciaram líderes do Nova Democracia, Pasok e Dimar nesta terça-feira (19).
O mote da iniciativa é unir forças na renegociação dos termos do pacote de resgate internacional, tendo em vista que as metas de ajuste fiscal impostas pelos credores têm estrangulado a economia do país, afundada em um ciclo vicioso de recessão, inflação e desemprego.
Entretanto, tamanho esforço por parte dos líderes políticos gregos pode não surtir o efeito desejado. Conforme declarações do governo alemão, as negociações dos termos do resgate de € 130 bilhões estão fora de cogitação. “O novo governo grego deve cumprir seus compromissos, formalmente acordados pelo país”, afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel.
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O assunto, contudo, é um tema bem controverso na Zona do Euro. Segundo um representante do bloco monetário, ouvido pela Reuters, é importante manter o canal aberto para negociações. “Qualquer pessoa que tenha dito que não há necessidade de rever o memorando de entendimento com a Grécia está equivocada. Pois manter as coisas como estão significa acreditar que o processo de resgate foi bem sucedido.”
Novo governo velho
Os partidos Nova Democracia e Pasok têm alternado o poder na Grécia desde a queda do regime militar em 1974. A rivalidade entre as legandas é natural, mas o apoio popular ao Pasok se dissolveu consideravelmente este ano, colocando o partido em terceiro lugar nas eleições – atrás do radical de esquerda Syriza.
O desempenho do Pasok nas urnas tem levantado questionamentos no mercado quanto à eficiência de um governo de coalizão. Do total de 300 cadeiras no Parlamento, a Nova Democracia e o Pasok devem ocupar 162, enquanto o principal rival, o Syriza, ficará com 71 assentos. Para isso, os líderes do partido vencedor tem até quarta-feira para anunciar a formação do governo.
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