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SÃO PAULO – A reforma ministerial, que estava prevista para ocorrer nesta semana após a saída do PMDB da base aliada, deve ser adiada, segundo afirmam os jornais Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo. Isso tanto por conta da estratégia do governo quanto do chamado “centrão”, formado pelo PSD, PP, PR.
Segundo o Estadão, com o receio de traições de aliados, integrantes da cúpula do governo estudam estender o balcão de negociações até a votação do processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, que deve começar a ocorrer a partir do dia 15. A ideia seria amarrar os acordos com os partidos e entregar os cargos apenas depois da votação, diminuindo os riscos de ser traído.
O receio das lideranças é de que, diante de um alto número de dissidentes nesses partidos, o governo não teria tempo para realizar nova reforma ministerial em apenas dois dias, prazo que o processo de impeachment deve sair da Comissão Especial e ser votado em plenário. “Apesar das discussões dentro do governo sobre o tema, não há consenso em torno da proposta de estender as negociações, já que outra corrente de assessores diretos da presidente Dilma Rousseff consideram esta ideia descabida”, afirma o jornal.
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Enquanto isso, informa a coluna Painel, da Folha, o PP, o PR e o PSD decidiram em conjunto deixar o anúncio da nova configuração de ministérios para depois da votação do impeachment em plenário. Eles avaliam que, se Dilma Rousseff sobreviver ao processo, precisará do “centrão” para governar e, portanto, cumprirá o acordo. Mas na hipótese de Dilma tombar pelo caminho, ao menos se livram da foto da posse e elevam o passe para negociar com o governo do dia seguinte.
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira, reiterou a decisão ao Estadão: “ninguém assume cargos até a votação do impeachment”.
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