Partido Popular, liderado por Mariano Rajoy, deve vencer eleições gerais da Espanha

Provável futuro primeiro-ministro pede "tempo" ao mercado e prevê corte de impostos e criação de empregos

Fernando Ladeira

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SÃO PAULO – No próximo domingo (20) o povo da Espanha elegerá uma nova liderança. Assim como aconteceu em Portugal no início deste ano, o partido socialista, atualmente no poder, deverá perder as eleições, encabeçado por Alfredo Perez Rubalcaba. O franco favorito nas pesquisas de intenções de votos o Partido Popular, de centro-direita, liderado por Mariano Rajoy.

A eleição foi antecipada em quatro meses, quando o atual primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, dissolveu o Parlamento em setembro deste ano. 

Aliás, especula-se na imprensa espanhola sobre a possibilidade de se formar um governo com ampla maioria no Parlamento, sendo que pesquisas indicam mais de 190 assentos ao Partido Popular, em um Parlamento constituído por 350 cadeiras. Esta seria a maior vantagem em uma eleição desde 1982.

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Em entrevista à publicação espanhola El País, Rajoy já enviou um aviso aos mercados: “Esperamos que estes parem, que se deem conta que há eleições aqui e que quem ganhar tem direito a um mínimo de tempo, que deve ser algo mais que meia hora”, afirmou, enquanto o prêmio demandado por investidores sobre os títulos públicos de dez anos salta no mercado secundário, superando inclusive o da Itália.

Desemprego em níveis insustentáveis
Caso eleito, Rajoy deverá cortar gastos supérfluos, bem como se desfazer de companhias públicas, a não ser que estas empreguem mais que o setor privado. 

Desta forma, o líder do Partido Popular prega o rigor para reduzir o déficit público para 4,4% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano, em um país no qual a taxa de desemprego em setembro alcança 22,6%, o maior índice da União Europeia. Entre os jovens – abaixo de 25 anos – a taxa chega a 48,0%, conforme dados da Eurostat.

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Foi nesse cenário que surgiu o movimento intitulado por Indignados, o qual deu origem ao norte-americano “Occupy Wall Street”. Estes, no entanto, pedem para que o povo não vote em nenhum dos dois partidos. 

Mais empregos e menos impostos
“A economia espanhola atravessa a maior crise econômica da democracia”, escreve o Partido Popular em seu site, o qual define como prioridade do governo a restauração do mercado de trabalho. 

“Todas as medidas estruturais devem priorizar a criação de emprego, e a elas deve ser adicionada uma reforma do mercado de trabalho para deter a destruição de postos de trabalho e permitir a criação de novos empregos”, ressalta o partido.

Além disso, o Partido Popular propõe uma reforma da Lei de Estabilidade do Orçamento, assim como propostas que incluem a redução de impostos, de modo a liberar a renda dos contribuintes para impulsionar a dinâmica da economia, e uma reforma no sistema financeiro, para garantir crédito às famílias e às pequenas e médias empresas.  Nesse mesmo sentido, o partido também prega reduzir os encargos administrativos que incidem sobre as empresas e dificultam suas atividades.

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