Paróquia citada na Lava Jato também recebeu dinheiro de outras construtoras

Além da OAS, Paróquia São Pedro também obteve doações das construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia

Equipe InfoMoney

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A Paróquia São Pedro, no Distrito Federal, citada na 28° fase da Operação Lava Jato por ter recebido R$ 350 mil da construtora OAS, também obteve doações das construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia.

Em nota divulgada hoje (13), o padre Moacir Anastácio de Carvalho, responsável pela igreja, diz que, em maio de 2014, a Paróquia São Pedro recebeu um depósito de R$ 350 mil da OAS por intermédio de Gim Argello, que é frequentador da igreja e foi preso ontem (12) na 28° fase da Lava Jato.

Em junho do mesmo ano, a Andrade Gutierrez repassou R$ 300 mil para a igreja, com intermediação espontânea do então governador Agnelo Queiroz (PT). A paróquia também confirma que recebeu doação da Via Engenharia, mas não informou data nem valores.

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Na nota, o pároco diz que os recursos foram doações para o evento de Pentecostes e outras obras sociais e que a paróquia não teve contanto com os dirigentes das empresas. A instituição diz ainda que as doações estão todas “contabilizadas e à disposição das autoridades”.

“Por sermos uma instituição religiosa, que sobrevive basicamente de doações, jamais celebramos qualquer tipo de contrato de prestação de serviços com a construtora OAS ou com qualquer outra empresa”, diz a nota.

De acordo com o padre Moacir, há dezessete anos a paróquia realiza o evento Semana de Pentecostes e sempre recebeu doações para custeio das despesas. Em 2014, um deputado distrital integrante da coordenação do evento se ofereceu para conseguir patrocinadores e pediu a ajuda de Gim Argello, que então teria procurado a OAS, conta o religioso.

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Ontem, o Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) informou que “não há indicativo de que a paróquia tenha participado do ilícito ou de que tivesse conhecimento da origem ilícita dos valores”.

O ex-senador Gim Argello foi preso preventivamente, em Brasília, sob suspeita de ter recebido propina em troca de sua atuação política em comissões parlamentares de inquérito que investigavam corrupção na Petrobras. A 28º fase da Lava Jato, deflagrada ontem, recebeu o nome de Vitória de Pirro e cumpriu mandados judiciais em Brasília, Rio de Janeiro, Taguatinga (DF) e São Paulo.

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