Paraguai expressa desagrado por fala atribuída à Dilma sobre “golpe à paraguaia”

A chancelaria do Paraguai expressou desagrado sobre a fala de Dilma em alusão à destituição em 2012 do então presidente paraguaio, Fernando Lugo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A afirmação atribuída à presidente Dilma Rousseff, de que está sofrendo pressão por um “golpe à paraguaia”, gerou mal estar com o governo do país vizinho e abriu uma crise diplomática. A chancelaria do Paraguai expressou desagrado sobre a fala de Dilma em alusão à destituição em 2012 do então presidente paraguaio, Fernando Lugo.

De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, o comentário foi feito por Dilma durante uma reunião com seus 31 ministros realizada a portas fechadas ontem em Brasília antes de viajar à Colômbia. 

Lugo foi afastado do cargo em junho de 2012, em meio à alegação de mal de desempenho de suas funções. A votação do impeachment de Lugo no Congresso levou 24h, com o estopim a suposta responsabilidade do governo nacional no conflito agrário de Curuguaty, no nordeste do Paraguai, onde 17 pessoas morreram, entre agricultores e policiais.

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Ontem, a chancelaria do Paraguai convocou o embaixador do Brasil, José Felício, para expressar-lhe a “surpresa e desagrado pelas expressões publicadas em dito meio de imprensa e atribuídas à governante brasileira”, conforme informou o Ministério das Relações Exteriores do país vizinho em comunicado. A chancelaria solicitou a Felício que peça ao governo brasileiro os esclarecimentos devidos sobre a veracidade das mesmas.

O Paraguai afirmou ainda que o processo de impeachment do ex-presidente tramitou de acordo com a Constituição do país. “O governo do Paraguai respeita o princípio de não intervenção em assuntos internos de outros Estados e ratifica que, na República do Paraguai, o Estado de direito e as instituições estão plenamente vigentes, sólidos e são respeitados, ininterruptamente desde 1989”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.