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SÃO PAULO – A paisagem política do Brasil foi para um caos ainda mais profundo após a decisão de Waldir Maranhão (PP-MA) de anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Esta é a avaliação do jornal inglês The Guardian, que voltou a comparar a situação política do Brasil com a série House of Cards, do Netflix.
O jornal destaca que a questão agora é se a votação no Senado vai para frente (a votação, marcada para quarta, parecia praticamente definida para o afastamento de Dilma, uma vez que precisava da maioria simples para que o processo fosse aceito) – ou se será uma tábua de salvação. O The Guardian destaca a fala do presidente da Comissão do Impeachment no Senado, Raimundo Lira, de que nada mudou após a decisão de Maranhão. Já Dilma, em meio à notícia, deu uma resposta cautelosa.
O Corriere della Sera chamou a situação de “jogo de cena”, mas que “existem dúvidas sobre se essa decisão pode ser tomada de maneira retroativa”. “Segundo grande parte dos analistas, o jogo de cena pode atrasar o acontecimento, mas dificilmente salvará o posto de Dilma Rousseff”, escreveram os italianos.
Já o francês Le Monde tentou explicar a situação e disse que a situação do processo de impeachment “tomou um rumo inesperado”. “Para surpresa geral, Waldir Maranhão, o presidente interino da Câmara dos Deputados brasileira, anulou a sessão que aprovou o processo de impeachment”, continuou.
O argentino La Nación também chamou a situação de “nova e surpreendente reviravolta na crise política brasileira”. “A notícia tomou Brasília com a mais absoluta surpresa e gerou a maior confusão sobre o futuro de Rousseff”, escreveu.
(Com Agência Brasil)