Para novo ministro das Finanças, economia japonesa ainda é frágil

Para Naoto Kan, existem dois riscos iminentes: a situação deflacionária da economia e a taxa de desemprego no país

Tainara Machado

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SÃO PAULO – O ministro das Finanças do Japão, Naoto Kan, afirmou que a segunda maior economia do mundo está no caminho da recuperação, mas ainda enfrenta alguns desafios, como a situação delicada imposta por dois grandes problemas – a deflação e o desemprego.

“A situação econômica ainda é severa, com crescimento sustentado insuficiente, apesar da recente melhora”, afirmou o novo ministro na última segunda-feira (18) durante o início dos trabalhos parlamentares.

Mantendo o discurso adotado assim que assumiu o mandato, Kan afirmou que o governo irá combater a situação deflacionária pela qual passa o país e garantir que economia se recupere. Na semana passada, o Japão anunciou o seu quarto pacote de estímulos econômicos. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego atingiu 5,2% em novembro, piorando pela primeira vez em quatro meses. 

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Situação fiscal
A situação fiscal japonesa também é um problema. O governo anunciou gastos de aproximadamente US$ 274 bilhões em pacotes cujo objetivo é a revitalização da economia. Para financiar este montante, serão emitidos US$ 102,6 bilhões em novos títulos da dívida pública.

O antecessor de Kan, Hirohisa Fujii, que deixou o cargo alegando problemas de saúde, havia dito que a “situação fiscal japonesa é séria”. Vale lembrar que a dívida pública japonesa está próxima de 180% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

Para o diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, combater o déficit orçamentário será uma das prioridades entre as autoridades monetárias para garantir a sustentabilidade da frágil retomada no crescimento.

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