Para Mantega, conselho da Petrobras agiu corretamente na compra de Pasadena

Ministro da Fazenda, em entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", comentou ainda sobre economia; segundo ele, manter inflação baixa é questão de honra

Paula Barra

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SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao programa “Bom Dia Ministro”, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), falou sobre as metas do governo e o caso polêmico da Petrobras (PETR3; PETR4).

Segundo o ministro, o conselho da Petrobras agiu corretamente na época da compra da refinaria de Pasadena, em 2006. Ele lembrou que, embora não estivesse no Conselho de Administração da Petrobras à época em que foi adquirida a Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, há oito anos, tem a convicção de que o colegiado agiu corretamente. A compra da unidade tem levantado discussões entre a oposição e a base do governo após denúncias de que o negócio trouxe prejuízos para a empresa brasileira.

Ontem, dia 1° de abril, o requerimento de criação da CPI(Comissão Parlamentar de Inquérito ) da Petrobras, para investigação de denúncias de irregularidades na empresa, foi lido no plenário do Senado . Logo após a leitura do requerimento, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou questão de ordem à Mesa Diretora do Senado pedindo a impugnação da comissão. “Nesta ocasião e em outras, o Conselho de Administração é formado por pessoas da mais alta competência dos setores público e privado. Portanto, analisou, na época em que essa questão foi colocada, com toda discriminação e com toda a profundidade necessárias”.

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Mantega disse que não está sendo convidado pelo Congresso Nacional para depor sobre o caso, mas, sim, a presidenta da empresa, Graça Foster. Segundo ele, Graça tem mais condições de esclarecer o assunto, assim como também o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Mantega fez questão de destacar ainda que a empresa sempre foi fiscalizada, independentemente da existência ou não de investigação no Congresso Nacional.

Mantega, que atualmente é presidente do Conselho de Administração da Petrobras, disse também que a empresa é uma das mais importantes do mundo e a que mais faz investimentos no setor, com exceção das companhias chinesas. Segundo ele, só no ano passado foram investidos US$ 48 bilhões na Petrobras.

Inflação baixa é questão de honra
Em relação à economia brasileira, o ministro reiterou que sempre teve grande cuidado com a inflação. “Sabemos que ela prejudica muito o trabalhador. É questão de honra para nós que permaneça baixa”, disse. “Nós últimos 11 anos, a inflação nunca ultrapassou do limite de 6,5%”, acrescentou.

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Ele destacou ainda que o importante é que o poder aquisitivo da população suba acima do aumento de preços e que a inflação não ultrapasse o patamar de 5,5% a 5,7%. Questionado sobre a confiança de investidores no Brasil, Mantega disse que o investimento estrangeiro direto é o melhor termômetro sobre isso, e que “continuamos tendo grande fluxo de capital”. “Existe confiança de que o Brasil tem um grande mercado e vai continuar crescendo”, afirmou o ministro.

Governo quer adiar leis que ameaçem meta fiscal
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo federal está propondo o adiamento da votação no Congresso da mudança nos parâmetros de cobrança de juros da dívida de Estados e municípios com a União. 

Segundo Mantega, o governo quer deixar “em suspenso” o projeto de lei que deixa dúvidas quando ao desdobramento do endividamento de Estados e municípios, diante de interpretações de que agentes econômicos de que isso poderia comprometer a meta fiscal. 

O ministro reafirmou que a meta de superávit primário de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2014 será cumprida.

(Com Reuters e Agência Brasil)

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