Para maioria, Bolsonaro vai bem em bandeiras de campanha, mas patina em saúde e educação

Levantamento mostra que 21% apontam combate à corrupção como área em que governo se saiu melhor; pauta social é criticada

Marcos Mortari

SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro completa seu primeiro ano de mandato com algumas de suas bandeiras de campanha como as áreas mais bem avaliadas em sua gestão e posições no campo social como as mais criticadas pela população.

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É o que mostra a nova rodada da pesquisa XP/Ipespe. De acordo com o levantamento, realizado entre 9 e 11 de dezembro, a área em que os entrevistados manifestaram maior satisfação com a atuação do governo foi o combate à corrupção, com 21% de indicações.

A agenda é comandada por Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, que mantém o posto de figura mais popular do governo. O ex-juiz da Lava-Jato recebeu nota média 6,2, em uma escala que vai de 0 a 10. Foram 53% avaliações positivas e 24% negativas.

Apesar de favorável, a nota do ministro é 1,1 ponto menor do que a obtida em janeiro, antes dos desgastes sofridos com a chamada “Vaza-Jato”, que revelou sua proximidade e influência sobre o trabalho de membros da força-tarefa da Lava-Jato, e sucessivas derrotas no governo.

Na sequência da lista das áreas mais bem avaliadas, aparece a economia, com 16% das indicações. Com a aprovação de uma reforma da Previdência com impacto fiscal estimado em R$ 855,7 bilhões em dez anos, a pasta comandada pelo ministro Paulo Guedes foi um dos destaques no ano.

O comandante da equipe econômica é a segunda figura mais bem avaliada no governo, com nota média de 5,5, superando em um ponto o próprio presidente Jair Bolsonaro e em dois o vice-presidente Hamilton Mourão.

A terceira área mais bem avaliada é a da segurança pública, também sob o guarda-chuva de Sérgio Moro. As políticas neste campo foram apontadas por 13% dos respondentes. Outros 33% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

No sentido oposto, os campos em que os eleitores dizem que o governo se saiu pior no primeiro ano de mandato foram saúde e educação, respectivamente com 22% e 18% das indicações.

Em seguida, aparece o meio ambiente, apontado por 14% dos eleitores. O ministro responsável pela área, Ricardo Salles, é a figura pública com pior avaliação entre as testadas pela pesquisa, com nota 3,7.

O levantamento ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país, por meio de entrevistas telefônicas realizadas por operadores entre os dias 9 e 11 de dezembro. A margem máxima de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Copo cheio, copo vazio

A pesquisa XP/Ipespe também ouviu a opinião dos eleitores sobre uma comparação entre o governo Bolsonaro e a gestão de seus antecessores Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). Em todos os casos, o atual presidente leva vantagem.

Por outro lado, considerando apenas o atual governo, o levantamento mostra que, ao final do primeiro ano, Bolsonaro mantém a população dividida sobre sua administração. Para 39% da população, o mandatário faz uma gestão ruim ou péssima, contra 35% que mantêm avaliação positiva. Outros 25% têm avaliação regular. Os números são os mesmos do último levantamento.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.