Para executivo da Localiza, corte de gastos públicos é a resposta contra a inflação

Salim Mattar critica o tamanho da máquina pública e defende a retomada de privatizações e uma menor taxação de capital

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SÃO PAULO – “O governo está em uma encruzilhada”, alerta Salim Mattar, presidente do Conselho de Administração e CEO da Localiza (RENT3), “já que o Estado gasta muito mais do que arrecada”. O empresário critica o tamanho da máquina do governo na economia brasileira, defende a retomada das privatizações e fala dos desafio do País para sediar os eventos esportivos dos próximos anos, em podcast da Rio Bravo.

Mattar é favorável à iniciativa privada na dianteira das obras para a Copa do Mundo e para as Olímpiadas, a serem sediadas no País em 2014 e 2016, respectivamente. “A privatização fez com que as estradas de São Paulo se tornassem as melhores do País. Para os aeroportos, o governo já sinalizou que vai fazer concessões”, diz o empresário.

Além disso, como herança do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a atual equipe que preside o País, comandada por Dilma Rousseff, gasta mais do que arrecada, e já não tem recursos para tocar grandes obras futuras. A conta é simples: ao inserir mais dinheiro do que recolhe, o governo é o principal colaborador para o aumento da inflação. “A dívida interna dobrou no governo Lula. A fatura desta farra chama-se inflação”, resume Mattar.

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Privatizações
A situação do País só não está pior por conta da crise internacional, que tem direcionado o capital para o Brasil, que paga 12,25% ao ano aos financiadores de sua dívida. Países como os Estados Unidos possuem uma taxa de juros entre 0% e 0,25%, compara o executivo.

O País gasta cerca R$ 24 milhões por ano para pagar seus juros públicos, e se optasse por concessões à empresas privadas, reduziria gastos, e poderia abrir caminho para a redução da taxa de juros, sugere Mattar. 

Entrada de dólares
“Não dá para segurar as ondas do mar, o vento ou as correntes marítimas. O governo tem que entender que não dá para mudar o mercado”. Mattar defende a livre entrada de dólares para reduzir a inflação e o custo para a industrialização do país. O executivo sugere a isenção fiscal para atrair multinacionais e modernizar a infraestrutura econômica.

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“Mas os governantes têm o viés de arrecadação, de aumentar os impostos. Estão mais preocupados com o sucesso dos outros do que com a própria desgraça. Temos um País cheio de oportunidades, com um governo que é uma trava”, diz.

Governo dá maus sinais
O maior desafio do governo é manter a estabilidade da moeda, e a atual equipe de governo não dá indicações no sentido de uma política econômica mais ortodoxa. “No estágio que o Brasil está, o ministro da Fazenda é pequeno demais para o ministério. O presidente do Banco Central tem um peso menor que o anterior. O atual governo não parece ser muito ortodoxo, até porque o Guido Mantega é heterodoxo”, afirma.

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