
SÃO PAULO – Após o rebaixamento da nota de crédito da Petrobras (PETR3; PETR4) pela Moody’s, o governo decidiu fazer uma ofensiva mais forte junto às principais agências de classificação de risco para evitar maiores danos. Um novo corte no rating da estatal levaria a perda do seu grau de investimento.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff mandará emissários nas próximas semanas para conversas com a Fitch e Standard & Poor’s. Em outra ponta, o Palácio do Planalto reforçará o recado de que o ajuste fiscal em curso é factível e que não há razão para o Brasil também ter sua nota revisada para baixo.
Apesar dos esforços, nos bastidores, interlocutores da presidente já reconhecem que essa chance se tornou real com a decisão da Moody’s, aponta o jornal.
Ontem, Dilma reagiu ao rebaixamento dizendo que ele foi provocado por falta de conhecimento da agência sobre a Petrobras. “Não tenho dúvida que a Petrobras tem grande capacidade de se recuperar sem grandes consequências”, disse. Ela criticou ainda que o corte tenha sido feito sem aviso prévio. “Só lamentamos que não tenha tido correspondência por parte da agência, mas isso está superado”, comentou.