Para deslanchar candidatura, Serra investe para que Aécio seja seu vice, diz LCA

Mineiro resiste à investida; Serra quer apoio de Marina Silva agora ou em um possível segunto turno para formalizar candidatura

Tainara Machado

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SÃO PAULO – No dia 3 de abril, José Serra, governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, deve se descompatibilizar do atual cargo, caso realmente decida disputar a vaga que será aberta pelo término do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Como ocupa a liderança nas pesquisas de intenção de votos até agora, o PSDB, seu partido, o vê como única a possibilidade de interromper o reinado do PT, que já dura desde 2003, aponta a análise política da LCA Consultores.

No entanto, para formar sua decisão, Serra depende de outros fatores. Para a LCA, dois problemas ainda pesam: “o fato de seu nome não dispor ainda de apoios claros entre setores econômicos e sociais importantes e a precariedade de alianças partidárias em nível nacional e, sobretudo, nas eleições estaduais”.

Coligações
No plano nacional, o PSDB  conta apenas com apoio do PPS, que não tem grande expressividade no cenário nacional, e DEM, que enfrenta duas crises importantes (em São Paulo, o pedido de cassação do mandato do prefeito Kassab pode ferir a imagem de Serra; em Brasília, o partido enfrenta crise com denúncias contra o governador afastado José Roberto Arruda).

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Nos estados, a conta não é melhor. No Nordeste, a popularidade de Lula deve certamente tornar a ministra Dilma Rousseff candidata preferida na região, aponta a consultoria. Em Minas, a ambiguidade do apoio de Aécio Neves também não traz certezas para o governador de São Paulo. E, por último, no Rio de Janeiro, apesar do apoio de Fernando Gabeira, campeões de voto como Ségio Cabral devem estar do lado da situação.

E mesmo em São Paulo, onde o panorama deveria ser largamente favorável a Serra, Ciro Gomes, forte adversário do pré-candidato, pode decidir disputar eleições para governador do estado e, com isso, criticar fortemente o tucano em sua própria base, aponta a LCA. 

Economia
Além disso, Serra ainda não angariou apoio expressivo no setor econômico. Para a consultoria, apesar de muitos empresários influentes preferirem Serra a Dilma, ainda não houve mobilização para dar força a sua candidatura. E mesmo que estejam esperando melhor definição do cenário para se posicionar, “o silêncio”, acredita a LCA, também é elemento que deverá ser avaliado com atenção.

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Duas peças
Por isso, diz a LCA, Serra quer mover duas peças antes de oficializar sua candidatura: obter o apoio de Marina Silva e Aécio Neves, o que pode deslanchar apoios para sua campanha. A pressão sobre o governador de Minas para que aceite o posto de vice e forme a tão sonhada chapa puro-sangue só cresce dentro do PSDB. Já de Marina, a expectativa é que ela dê apoio em um eventual segundo turno, ou, “num caso mais extremo, que ela aceite ser vice na sua chapa desde já”, conclui a LCA.

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