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SÃO PAULO – O tradicional discurso do Estado da União, feito pelo presidente norte-americano, Barack Obama, na última terça-feira (25), foi recheado de idéias que visam fortalecer a competitividade e a reorganização econômica do país, mas decepcionou analistas pela falta de detalhes sobre as propostas.
O presidente afirmou reiteradamente durante seu pronunciamento a necessidade de equilíbrio fiscal, porém foi pouco específico no que se refere à implantação das medidas que serão tomadas neste sentido.
Contenção de US$ 400 bi em 5 anos
Barack Obama sugeriu a implantação de um congelamento dos gastos domésticos nos próximos cinco anos para diminuir em US$ 400 bilhões o déficit na próxima década.
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Este valor ainda está distante do ideal quando se leva em conta um déficit fiscal superior a US$ 1 trilhão, avaliou o economista Nouriel Roubini, lembrando também que talvez haja a necessidade de aumento de impostos.
Já o Société Générale, calcula que as provisões citadas por Obama poderão ser ainda maiores, podendo se aproximar de US$ 1 trilhão nos próximos 10 anos.
Política fiscal levada mais a sério
“No geral, nós ficamos desapontados com o ouvido no discurso, mas o presidente nos surpreendeu ao dar a impressão de que ele está levando mais a sério a meta de redução do déficit”, afirmou Rudy Narvas, analista da isntituição francesa.
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Contudo, Narvas lembra que gostaria de ter visto mais detalhes acerca de como o governo pretende implantar as medidas, mas avalia que isso não ocorreu em função da base governista não querer mostrar suas cartas à oposição republicana, que detém a maioria das cadeiras na câmara de representantes, antes de se quer dado início às negociações.
O analista espera mais detalhes acerca dos planos em breve, provavelmente em meados de fevereiro sobre os planos de Obama para redução do deficit. Provavelmente junto com a divulgação da proposta de plano de impostos para o próximo ano fiscal. A proximidade das eleições de 2012 exigem ação ainda neste ano, apontou Narvas.
Mercados tendem ao ceticismo
Contudo, Paul Donovan, economista do UBS, alerta: “a realidade da política dos EUA contribuem para que os mercados tendam a reagir ceticamente em relação a propostas de disciplina fiscal de longo prazo”.
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