Para Alckmin e Ciro, agosto será tão importante quanto outubro

"Pré-primeiro turno" definirá se candidatos chegarão à disputa com menos ou mais condições de buscar uma vaga no segundo turno

Equipe InfoMoney

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Embora o calendário conte 83 dias até 7 de outubro, estamos a uma distância bem menor da primeira decisão da eleição – temos 20 dias até 5 de agosto, data final para as convenções partidárias, limite para que as legendas (ao menos em tese) decidam a quem entregarão seu apoio e, com isso, o tempo a que têm direito na propaganda eleitoral.

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Essa espécie de “pré-primeiro turno”, em que o eleitorado em disputa está restrito aos dirigentes de sempre, pode ser tão definitivo quanto o primeiro domingo de outubro para ao menos duas candidaturas, a de Geraldo Alckmin e a de Ciro Gomes, que saberão agora se vão chegar à disputa com menos ou mais condições de buscar uma vaga no segundo turno.

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Alckmin tem hoje uma série de desvantagens comparativas em relação a boa parte de seus adversários na urna – a rejeição ao PSDB e à classe política talvez seja a maior delas. Em 35 dias de campanha na televisão, ele precisa reverter essa percepção, desconstruir seus adversários e ainda apresentar um discurso suficiente para receber as “sobras” dos rivais.

Ciro Gomes, na outra ponta, também precisa de exposição para fazer frente ao esperado crescimento do candidato petista – é razoável imaginar que, qualquer que seja o nome do PT na disputa, não chegará às urnas com apenas 2% (o simples exercício de informar ao entrevistado que Fenando Haddad tem apoio de Lula leva esse patamar a 12%). A Ciro ainda sobra o cuidado de se equilibrar em uma aliança grande sem abrir um flanco para que o lulismo explore, no eleitor de esquerda, o fato de ser apoiado por quem apeou o PT do poder.

Em um eleitorado em que 41% decidem seu voto só depois do início da propaganda na TV e em que 37% mencionam a televisão como principal influência para o voto, chegar a setembro com pouca munição para esses desafios pode ser fatal para a dupla.

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Daí a importância da batalha que se viu travada na última semana em Brasília e que se seguiu no sábado, com a reunião do centrão em São Paulo. Talvez esse seja o principal filtro de oferta com o qual a política tradicional limita a tal demanda por renovação da sociedade – o eleitor em disputa até 5 de agosto, por definição, é avesso à renovação. A tentativa de definir esse apoio em bloco – ainda que a ideia naufrague e que o grupo se fragmente – mostra o instinto de sobrevivência dessa classe.

Para além da viabilidade eleitoral, o “eleitor” de hoje é atraído pela perspectiva de poder e pela expectativa de que o jogo continue a ser jogado com as regras conhecidas. Ganhará essa disputa quem oferecer a melhor combinação desses elementos.

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