Para 35%, Lula é o principal culpado por tarifaço imposto pelos EUA, diz Datafolha

Bolsonaro e Eduardo também são responsabilizados; Moraes aparece em quarto na percepção popular

Marina Verenicz

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista para o jornalista Reinaldo Azevedo, na BandNews. Palácio da Alvorada, Brasília – DF.   Foto: Ricardo Stuckert / PR
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista para o jornalista Reinaldo Azevedo, na BandNews. Palácio da Alvorada, Brasília – DF. Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada neste sábado (16), mostra que a maioria dos brasileiros responsabiliza o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo tarifaço de 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos sobre parte das exportações brasileiras.

Segundo o levantamento, 35% dos entrevistados atribuem a Lula a responsabilidade pelas sanções comerciais, enquanto 22% apontam Jair Bolsonaro (PL) e 17% citam Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal e filho do ex-presidente. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aparece com 15% das menções.

Outros 3% dizem que nenhuma das figuras é culpada, 1% afirma que todos são responsáveis, e 7% não souberam responder.

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O levantamento ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios nos dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Justificativa política e comercial

O governo dos Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, impôs a taxa de 50% sobre parte das importações brasileiras como forma de pressionar o governo Lula em meio à disputa comercial e ao contexto político.

Na justificativa oficial, Washington alegou haver uma relação comercial desequilibrada com o Brasil, além de uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro, que se tornou réu no Supremo Tribunal Federal por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado.

O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal contra Bolsonaro, foi alvo de sanções individuais com base na Lei Magnitsky, legislação americana que permite punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos.