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SÃO PAULO – Em depoimento no âmbito da Operação Lava Jato revelado pela Folha de S. Paulo, o ex-gerente da Diretoria de Serviços da Pebrobras Pedro Barusco Filho afirmou ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (20) que o pagamento de propina por empresas que tinham contrato com a estatal “era para manter status quo”, porque se tratava de “uma sistemática que existia e se aprofundou”.
“Era uma sistemática que existia e se aprofundou, virou um modus operandi, uma coisa normal”, disse Barusco. O ex-gerente também reafirmou os percentuais de propina que eram destinados a ele, ao chefe, Renato Duque e ao PT, com intermédio do tesoureiro do partido João Vaccari Neto.
De acordo com ele, 2% de cada contrato com as grandes empresas envolvidas no cartel era destinados para propina, sendo 1% alocados na diretoria de serviços e 1% na diretoria de abastecimento, comandada pelo ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa.
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Dos 1%, 0,5% era destinado para o PT e 0,5% ao que era chamado de casa, que era o valor repartido internamente entre Duque e Barusco, segundo o ex-gerente. Para Barusco, o ex-tesoureiro João Vaccari Neto era o responsável por gerenciar a propina pelo partido.
Outros dois delatores foram ouvidos pelo juiz, os irmãos Milton e José Adolfo Pascowitch.
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