Padilha admite toma lá dá cá do governo por apoio no Congresso

Em contraste com o reconhecimento do pragmatismo, ministro orgulha-se dos 88% de apoio no parlamento

Marcos Mortari

Publicidade

SÃO PAULO – O ministro da Casa Civil Eliseu Padilha afirmou, em palestra realizada na Caixa Econômica Federal, que o governo escolhe seus auxiliares com base no número de votos que ele pode garantir no Congresso. A fala do braço-direito do governo Michel Temer ocorre em meio às disputas na base pela indicação do substituto de Alexandre de Moraes — em mudança para o Supremo Tribunal Federal — no ministério da Justiça.

Em seu discurso, Padilha citou como exemplo o caso da indicação do então deputado federal Ricardo Barros para o ministério da Saúde. “A Saúde é de vocês, mas gostaríamos de ter um notável”, contou o ministro ter dito ao PP. “Diz para o presidente que nosso notável é o deputado Ricardo Barros”, afirmou Padilha ter ouvido do comando da legenda.

O ministro da Casa Civil também afirmou que o objetivo do governo é chegar aos 88% de apoio no Legislativo. “Não há na história do Brasil um governo que tenha conseguido 88% do Congresso. Isso Vargas não teve, JK não teve, FHC não teve, Lula não teve, só nós que conseguimos”, disse.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.