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SÃO PAULO – O mercado fechou nesta sexta-feira (22) com os investidores tensos diante do julgamento de liberdade do ex-presidente Lula, que poderia colocar fogo na disputa eleitoral. Porém, a decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), mudou completamente a agenda da próxima semana, já que não ocorrerá mais o julgamento na terça-feira.
Fachin arquivou o pedido de liberdade após o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da Quarta Região) enviar o caso para o STJ (Superior Tribunal de Justiça), e não para o STF. Para o ministro, desta forma, o pedido ficou “prejudicado”. Pela manhã chegou a circular a informação de que a defesa havia pedido que caso a liberdade fosse negada, ele pudesse ficar em prisão domiciliar.
Já na agenda de indicadores, o Banco Central apresenta na terça-feira (26) de manhã a ata da última reunião do Copom, que pode trazer mais informações sobre os próximos passos da autoridade sobre a política monetária.
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No comunicado pós-decisão, o órgão deixou bastante explícito que não elevará a taxa de juros para conter a depreciação cambial. Mas deixou a porta aberta para elevar os juros ainda este ano, apesar de analistas ainda verem isso com pouca possibilidade.
Já na quinta-feira (28), o BC também divulga o Relatório Trimestral de Inflação do segundo trimestre, que segundo a GO Associados não deve trazer grandes novidades em termos de comunicado em relação à ata que será divulgada na terça. A expectativa é em torno das projeções de inflação, sob os diferentes cenários apresentados pelo BC.
Veja também: Copom fez a coisa certa, mas a próxima reunião é imprevisível, dizem analistas
No exterior, atenção especial nos Estados Unidos, com dados de vendas de novas casas na segunda-feira (25), sondagem de confiança empresarial na terça-feira (26) e pedidos de bens duráveis na quarta-feira (27). Porém, o dado mais importante será a estimativa final do PIB do primeiro trimestre, que sairá na sexta-feira (29).
Os investidores esperam uma taxa de crescimento anualizada de 2,2%, superior à taxa registrada no mesmo período do ano anterior (1,4%), sugerindo que o ciclo econômico nos EUA recebe um novo impulso. “Neste contexto, aliada à convergência da inflação para a meta e uma taxa de desemprego historicamente baixa, um número forte deve fortalecer o cenário com quatro altas nos juros neste ano”, explica a GO Associados.
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