Os Estados Unidos dependem do etanol brasileiro, afirma Luiz Fernando Furlan

Segundo o ministro do desenvolvimento, os norte-americanos, para encurtar o caminho, dependem do Brasil

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Nesta segunda-feira (12), Luiz Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento, afirmou que “os Estados Unidos dependem do etanol brasileiro”. A afirmativa faz referência à assinatura do acordo de cooperação em torno do combustível firmado entre os dois países na semana passada.

Para Furlan, o acordo entre o Brasil e os Estados Unidos abre caminho para a aceleração do uso do etanol pelo mundo, mas não implica em uma dependência brasileira por recursos norte-americanos. “Nós não dependemos deles, é o inverso. O Brasil tem um grande mercado interno e tem os mercados mundiais à sua disposição”, diz o ministro.

Conseqüências do acordo

Na opinião de Luiz Fernando Furlan, a assinatura do acordo mostrou o reconhecimento do governo norte-americano de que o Brasil é líder na energia renovável. Isso deu ao etanol brasileiro uma exposição em toda a mídia mundial. “O acordo vai gerar o interesse de investidores em todo o mundo e provavelmente vai acelerar o processo de utilização do etanol por muitos países”, disse ele.

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Por outro lado, a não-discussão a respeito da redução tarifária para a importação do álcool brasileiro ainda paira no ar como sendo o principal ponto de interrogação dessa história. “Ficou aqui uma lição de casa para nós e para os norte-americanos que poderá se desdobrar na visita do presidente Lula aos Estados Unidos”, completou o ministro.

No final deste mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará George W. Bush em Washington para discutir sobre a cooperação em relação ao etanol e a respeito das negociações sobre a regulamentação do comércio mundial do combustível.

Lula otimista

Também nesta segunda-feira, o presidente Lula disse que o acordo entre o Brasil e os Estados Unidos sobre o etanol modificará as políticas mundiais de energia neste século. “Se ambos os países tiverem disposição de cumprir o protocolo assinado, nós estaremos dando uma virada na matriz energética mundial, na área de combustível, para os próximos 20 ou 30 anos”, afirmou o presidente.

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Segundo ele, as relações dos dois países em torno do etanol estão em um processo de maturação. Lula ainda afirmou que o etanol está num caminho “irreversível” para se tornar uma commodity.

Atualmente, o principal obstáculo que impede o etanol de se tornar uma commodity mundial é o fato de o Brasil ser o único fornecedor em grande escala no mercado global. Essa escassez de fontes alternativas causa receio em alguns países.

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