Os conselhos de Lula e FHC para Dilma e a revolta de Odebrecht: as frases da semana

Lula e FHC voltaram, por motivos diferentes, para o topo das páginas de político; Operação Lava Jato e Cunha também foram destaque

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana foi bastante movimentado na política, tendo em foco duas figuras bastante conhecidas do público: os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganharam as páginas dos jornais.

O tucano, por ocasião do seu livro “Diários da Presidência”, em que narra os bastidores do poder. O petista, por conta da deflagração na nova fase de Operação Zelotes, que envolveu o filho de Lula. 

Se a crise política continua, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, segue determinado em continuar no cargo e realizar a política do ajuste. Já Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, trouxe “novidades” sobre o pedido de impeachment. Confira as frases da semana:

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Conselhos à presidente

“A situação econômica [do país] é desesperadora. Ela não tem que ir lá nos Estados Unidos e dizer que o Brasil está mal porque a democracia é adolescente. Vai mal porque está sem rumo”

“Tinha que ter uma renúncia com grandeza. A presidente Dilma não pode desconhecer o que nós conhecemos, que a economia está em uma situação desesperadora, que há uma crise política. Ela tinha que dizer: ‘eu saio, eu renuncio, mas eu quero que o Congresso aprove isso, isso e isso'”

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Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira

“Do jeito que está, ela pode até ficar (até o fim do mandato), mas vai empurrar o tempo com o barriga sem conseguir resultados satisfatórios”
FHC, desta vez na Rádio Gaúcha; ele também afirmou que a “sombra de Lula” atrapalha a presidente Dilma 

Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então vão ser três anos de muita pancadaria e, pode ficar certo, eu vou sobreviver”
o ex-presidente, que está no olho do furacão, principalmente após as investigações da Operação Zelotes chegarem a seu filho Luís Cláudio 

“Se a gente quiser começar a governar esse país de fato, é criar condições para aprovar as medidas que a presidente Dilma mandou para o Congresso, para que ela encerre essa ideia do ajuste”
Lula, durante discurso no encontro do Diretório Nacional do PT

Cunha… e o impeachment

“Não vejo a impopularidade de um dígito para mim. Na minha proporção, não [sou tão impopular como a presidente Dilma]”
Eduardo Cunha, em entrevista à TV Folha

“A responsabilidade que este tipo de procedimento [impeachment] tem, não dá para deixar para a fofoca preponderar”
Cunha, ao comentar 
matérias sobre um suposto parecer da assessoria técnica da Casa favorável ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff

Mensalão, Petrolão e a tensão política

“Mensalão e petrolão criaram heróis, porque foram juízes que saíram do padrão”
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que o sistema atual faz com que sociedade transforme magistrados que pensam fora da curva em heróis

“Em parte, se perde um bom momento de mudança”
Sergio Moro, juiz responsável pela investigação da Operação Lava Jato, em evento realizado pela The Economist ao criticar a  falta de iniciativa do poder público 

“Fica evidente a distorção dos fatos com o objetivo malicioso de atribuir a mim uma intenção de fuga completamente infundada. Trata-se de uma iniciativa não apenas ilegal, como cruel, apenas para me sujeitar a pedido de prisão preventiva”
Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da Odebrecht e réu em ações penais da Lava Jato, em depoimento à Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, criticando a Operação

“Safado é Vossa Excelência, me respeite. Bandido é você”
Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, em meio às discussões com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) o Congresso Nacional. Caiado chamou Braga de “bandido” e “safado”

E a economia?

“Não apoiamos essas iniciativas de fazer encontros de passivos e ativos usando as reservas internacionais, porque hoje é um colchão, é um seguro para a economia brasileira, e tem funcionado bem”
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, defendendo a parlamentares que o Brasil não deve mexer nas reservas internacionais no atual contexto, já que elas têm funcionado como um seguro para a economia brasileira

 “Nunca é ruim trabalhar pelo seu país, especialmente quando há um objetivo claro”
Joaquim Levy, ministro da Fazenda, em entrevista veiculada na quarta-feira para a CNN, ao afirmar que não planeja deixar o governo 

Por fim, o programa do PMDB…

“…nos últimos anos é possível dizer que o governo federal cometeu excessos, seja criando novos programas, seja ampliando os antigos, ou mesmo admitindo novos servidores ou assumindo investimentos acima da capacidade fiscal do Estado. A situação hoje poderia certamente estar menos crítica”
 Fundação Ulysses Guimarães, pertencente ao PMDB, em documento em que propõe uma série de medidas visando a retomada do crescimento da economia brasileira e criticando “excessos” cometidos pelo governo federal  

“É uma contribuição importante e, claro, precisamos analisar com muito cuidado o que está nas entrelinhas. O governo tem de ficar atento a algumas mensagens do documento, principalmente em se tratando do PMDB, o maior partido da aliança”
Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, um dia após o lançamento do documento do PMDB

“Não estamos prisioneiros da agenda de ajustes. Temos uma agenda consistente de estímulo ao desenvolvimento”
Dilma Rousseff, em discurso lido pela ministra da Agricultura Kátia Abreu, em recado dado um dia após o documento do partido da base aliada

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.