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SÃO PAULO – A 24ª fase da Operação Lava Jato, Aletheia, marcou o caminhar das investigações do importante combate à corrupção para se tornar instrumento de perseguição política. Essa é a avaliação do ex-ministro e chefe de gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva nos oito anos de gestão, Gilberto Carvalho. Em entrevista à jornalista Natuza Nery, ele mostrou receio com uma suposta “invasão de concepção ideológica dos principais agentes” sobre as ações da força-tarefa.
“Os procuradores e, ao que tudo indica, o Dr. Sergio Moro, têm uma necessidade de provar que os agentes do PT formam uma quadrilha e que o capo dessa quadrilha, que antes era o José Dirceu, agora é o presidente Lula”, afirmou durante a conversa. “Eles constrangem os fatos. Aquela entrevista coletiva dada na sexta em Curitiba, particularmente a participação do Dr. Carlos Fernando [procurador da Lava Jato], deve ficar gravada para a história como a demonstração mais cabal do que eu estou dizendo. O tempo todo ele ficou pré-julgando”.
Carvalho diz que a tese dos investigadores seria de que “o dinheiro da Petrobras é roubado por empresas coordenadas pela quadrilha do PT e que o dinheiro roubado irrigou campanhas eleitorais, deram um apartamento a Lula e fizeram uma chácara a ele”. “Essa é a tese. Eles vão ter que provar isso. Não tem nenhuma disso! Até porque, pela história do país, os cartéis que se formam entre as empresas, e a maneira que elas corrompem os agentes públicos, não é por comando político. O problema político aparece em virtude do financiamento de campanhas, que todos os partidos praticam”, argumentou.
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Para ele, há uma grande ilusão do povo com relação às capacidades da Operação Lava Jato. Segundo o ex-ministro, “os campeões da corrupção” estão soltos, com redução de pena e devolução de “pequenas quantias” daquilo que estão acusados de terem se apropriado. “Quem está ficando na cadeia em Curitiba é o Marcelo Odebrecht, que se negou a fazer delação, e os políticos. Isso é combate à corrupção?”, questionou em entrevista à Folha de S. Paulo. “Estão criando no Brasil uma espécie de neofascismo. Pois não estão fazendo Justiça, estão fazendo Justiçamento”.
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