Os 7 fatores que vão movimentar as ações em 2014, segundo HSBC

Eleições, nova rodada de aperto monetário e possível rebaixamento do rating estão na listas das principais pautas do próximo ano

Paula Barra

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SÃO PAULO – Embora uma opinião mais cautelosa para a economia doméstica seja adequada, os ventos de fora devem soprar a favor das ações brasileiras em 2014, segundo o HSBC. Isso porque o apetite ao risco por parte dos investidores se beneficiará da aceleração do crescimento e da inflação reduzida nas principais economias, enquanto os preços das commodities – minério de ferro e celulose – devem apresentar surpresas positivas no próximo ano.

Com isso, a alocação setorial e as ações preferidas em 2014 no Brasil foram escolhidas com base em uma recuperação global e de uma opinião mais cautelosa sobre assuntos específicos no País, tais como inflação, aperto monetário e ciclo político, escreve o analista do banco de investimentos, André Carvalho, que assina o relatório. O HSBC atribui classificação overweight (desempenho acima da média) para materiais e produtos básicos, enquanto permanece pessimista no que se refere a setores vinculados ao crescimento e às taxas de juros, como o de bens de consumo discricionário.

Para “guiar” os investimentos no próximo ano, o banco de investimentos preparou uma lista dos sete temas principais que devem influenciar a bolsa de valores brasileira em 2014. Confira abaixo: 

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1) Eleições de 2014

A presidente Dilma Rousseff é favorita nas eleições, mas o resultado não está garantido. A reeleição significa mais do mesmo, ao passo que a posse de um canditato de oposição deve ser positiva para os mercados e para as estatais. 

2) Nova rodada de aperto monetário

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Espera-se um novo ciclo de aperto monetário após as eleições, com um impacto negativo sobre o crescimento, não importando quem seja eleito. Para a equipe de análise do HSBC, os preços das ações não estão levando em conta essa situação.

3) Possível rebaixamento do rating

O HSBC trabalha com a possibilidade “elevada” do rebaixamento de um degrau no rating brasileiro, com um cenário estável, mas isso já estaria precificado.

4) Surpresa com inflação elevada

É esperado pelo banco de investimentos que a inflação em alta surpreenderá no primeiro trimestre, o que deve trazer mais receios sobre o índice de preços brasileiro. Em termos de política monetária, o HSBC espera que o Copom (Comitê de Política Monetária) eleve a Selic em 0,5 ponto percentual em novembro, em 0,25 p.p. em janeiro e então haverá uma pausa. Com isso, a taxa de juro permaneceria em 10,25% até o fim de 2014. 

5) Intervenção do governo

Segundo a equipe de análise do HSBC, a atitude do governo pode variar uma ou duas vezes ao ano, porém provavelmente permanecerá viesada em direção ao aperto monetário. Espera-se cortes adicionais nos impostos a fim de enfrentar a inflação e estimular o consumo (isto é, uma redução tributária sobre os medicamentos), com elevado risco de o governo deixar de aplicar os aumentos de impostos já anunciados (por exemplo, em bebidas), alto risco de uma diminuição importante nas tarifas (como no caso do aço) e baixo risco regulatório no que se refere aos bancos e às empresas de cartões de crédito.

6) Salários x lucros

A produtividade do trabalho e salários devem crescer a um ritmo similar em 2014, reduzindo a pressão sobre as margens.

7) Medidas favoráveis às empresas/mercado

Para o HSBC, a administração atual vem adotando recentemente uma agenda mais benéfica às empresas/mercado. Entretanto, embora reconheça recenetemente algumas surpresas positivas, o cenário básico não prevê reformas de grande magnitude.

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