Os 5 pontos que animaram Dilma nas pesquisas – e os outros 5 que podem mudar o cenário

Analistas da Arko Advice ressaltam que o Ibope e o Datafolha foram bastante positivos para a candidata à reeleição, mas que eleição ainda não está definida por alguns fatores

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As pesquisas Ibope e Datafolha da última quinta-feira (23) mostraram Dilma Rousseff (PT) à frente de Aécio Neves (PSDB) fora da margem de erro pela primeira vez desde o início do segundo turno, o que abalou os mercados. 

No Ibope, Dilma tem agora 54%, ante 49% contra 46% de Aécio, que tinha 51% dos votos válidos. Já na pesquisa Datafolha realizada entre os dias 22 e 23, Dilma tem 53% dos votos válidos, contra 47% do candidato tucano. No levantamento anterior, divulgado no dia 22, Dilma tinha 52%, e Aécio, 48%. 

Assim, conforme aponta a LCA Consultores, as pesquisas eleitorais reforçam o favoritimo da reeleição de Dilma, em um movimento parecido com o do mercado, que precifica uma chance de um pouco mais de 70% da petista ganhar. 

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“Pela primeira vez no segundo turno, Dilma supera a margem de erro e aparece à frente de Aécio. Divulgadas na tarde de ontem – mais cedo do que se esperava e contribuindo para acentuar os movimentos de ajuste dos ativos brasileiros –, as pesquisas foram, de fato, favoráveis para a petista. Ressaltamos novamente: as tendências do último mês têm sido distintas entre os candidatos”, afirma a consultoria. 

A Arko Advice também ressalta, em seu relatório, que os resultados das sondagens foram bastante positivos para Dilma por cinco motivos: 1) pela primeira vez, no segundo turno, ela lidera fora da margem de erro; 2) tendência de crescimento desde meados de setembro, enquanto Aécio registra movimento oposto a partir do segundo turno; 3) rejeição inferior à de seu adversário; 4) contínuo crescimento da avaliação positiva do governo em percentuais que oscilaram entre 44% a 45% (o maior desde junho de 2013); e 5) voto mais consolidado, de 46% para Dilma, ante 39% de Aécio. 

Porém, destacam os analistas da consultoria política Murillo de Aragão, Cristiano Noronha e Carlos Eduardo, a eleição ainda não está decidida, uma vez que alguns eventos ainda podem mexer com a tendência em curso na reta final. São eles:  

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1) Debate da TV Globo. Para a equipe da Arko, Aécio entra pressionado para tirar a vantagem de Dilma e terá uma performance melhor do que teve até aqui.

2) Abstenção. No 1º turno, ela foi de 19,39% e, no segundo turno, tende a aumentar, o que pode favorecer o tucano, já que a abstenção costuma ser mais alta entre o eleitorado de baixa renda.

3) Mobilizações. A Arko ressalta que tanto o PT quanto o PSDB devem intensificar o corpo a corpo até a véspera das eleições. Em apoio a Aécio, estão marcadas para o dia 25 atos em São Paulo, Porto Alegre, Teresina, Brasília, Fortaleza e Curitiba.

4) Decisão na última hora. A consultoria ressalta que há uma elevada taxa de eleitores que definem o seu voto na última hora, como aconteceu o primeiro turno – 15% deles escolha o candidato na véspera ou na antevéspera.

5) Erros nas pesquisas. “Os prognósticos do primeiro turno apresentaram diferença em relação ao resultado final, erros atribuídos a questões de metodologia e problemas de rigor no processamento dos dados, apontando ainda diferenças entre os institutos”, avaliam. Enquanto Datafolha, Ibope e Vox Populi mostram Dilma à frente de Aécio, Sensus e o Instituto Veritá mostram o contrário, com o tucano na dianteira.

A Arko ainda destacou a antecipação da Revista Veja de sua edição com reportagem afirmando que, em depoimento à Polícia Federal, o doleiro Alberto Yousseff afirmou que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula tinham conhecimento do problema na Petrobras”.