Os 5 políticos que podem virar presidente do Brasil em 2019, segundo colunista da Forbes

Lula, Marina Silva, Bolsonaro, Joaquim Barbosa e Geraldo Alckmin estão na lista 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O ano de 2017 nem está perto de acabar, mas os olhos do mercado já estão voltados para as eleições do fim do ano que vem. E, em nova coluna sobre o Brasil, Kenneth Rapoza, da Forbes, fez uma lista dos cinco principais políticos que podem chegar à presidência após as eleições de outubro de 2018.  

De acordo com a reportagem, devido às atuais circunstâncias, com um país mergulhado em uma recessão sem precedentes e escândalos de corrupção envolvendo quase todos os partidos e setores da economia, o cenário ainda é bastante disperso. E, por sinal, muitos nomes que podem despontar nos próximos meses estão fora da lista apresentada pelo colunista. 

Confira abaixo os nomes que o colunista da Forbes consideram como prováveis para se tornarem o próximo governante do Brasil:

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1. Lula

Segundo o colunista da Forbes, Lula é o candidato da esquerda, mas não da considerada esquerda moderna e, quando eleito presidente, nunca abraçou o socialismo nem o comunismo. “Ele era considerado mais um capitalista pragmático que usava os altos preços das commodities e o recorde de investimento estrangeiro direto para aprovar políticas econômicas redistributivas”, aponta o colunista. 

Contudo, ressalta, ele enfrenta diversos processos judiciais e inclusive já foi condenado na Operação Lava Jato, o que pode minar seus planos políticos.

2. Marina Silva

O colunista da Forbes ressalta que Marina Silva ocupou o ministério do Meio Ambiente no governo Lula, saindo após a disputa interna no governo e quando viu que a região amazônica estava perdendo terreno para os gigantes do agronegócio no centro-oeste. Rapoza ressalta que ela integra a Rede Sustentabilidade e chegou a liderar a disputa em 2014, mas não chegou ao segundo turno (disputado por Dilma Rousseff e Aécio Neves).

O colunista também lembra que, na época, o Deutsche Bank havia destacado uma visão positiva para o mercado com a vitória da Marina, uma vez que a sua plataforma econômica e os conselheiros na época eram vistos como pragmáticos. Contudo, atualmente, ela não é vista como uma alternativa pró-mercado, além de prever dificuldades para o seu governo dado o pequeno tamanho de seu partido. 

3. Jair Bolsonaro

Para falar da força de Jair Bolsonaro, que disputa a dianteira das pesquisas eleitorais com o ex-presidente Lula, a Forbes ressalta que, mesmo o Brasil não sendo conhecido pelo conservadorismo social, é o maior país católico do mundo e tem uma crescente base evangélica que não aprova o aborto, nem a legalização do casamento gay.

De acordo com o colunista, Bolsonaro é como um republicano norte-americano dos anos 80: sua plataforma fala sobre armas e Deus, e ele não é muito bem visto pelos homossexuais. Contudo, os níveis de apoio a ele se elevaram nos últimos meses, já que as investigações da Petrobras continuam minando o capital da maioria dos principais políticos. Sobre a economia, Rapoza ressalta que alguns dos seus pontos de vista têm um viés nacionalista e, como deputado, Bolsonaro votou a favor da reforma trabalhista. Entre os obstáculos para ele, o colunista da Forbes aponta os níveis de rejeição, apesar dos recentes ganhos de adeptos. 

4. Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa é definido pela Forbes como um querido e bastante confiável ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). A sua entrada na política tem sido discutida nos meios de comunicação há algum tempo, lembra o colunista, embora ele nunca tenha manifestado expressamente o seu interesse em concorrer. Assim, aponta o colunista, Barbosa é mais uma escolha da mídia do que um concorrente propriamente dito.

“Houve relatos de que ele possivelmente concorreria junto com Marina Silva, fazendo uma poderosa dupla que poderia chegar ao palácio presidencial em janeiro de 2019”, afirma o colunista. “Suas políticas econômicas não são claras, mas sua compreensão da lei brasileira é inigualável. Ele era conhecido como um juiz da luta contra a corrupção e se aposentou em 2014, antes da Lava Jato começar a sobrecarregar os tribunais”, complementa.

5. Geraldo Alckmin

Segundo a Forbes, Geraldo Alckmin é como o Al Gore da política brasileira. O governador de São Paulo não foi ferido de morte pela Lava Jato, comanda a economia mais forte do país há mais de quatro anos e segue sendo um favorito do mercado para ser o próximo presidente. Ele tem pronunciado apoio às reformas feitas ou promovidas pelo governo Michel Temer, como trabalhista, tributária e da previdência.

De acordo com João Pedro Ribeiro, da Nomura, eleitoralmente, ele é uma das alternativas mais fortes dentro do seu partido. “Espera-se que ele concorra, embora o surgimento de João Doria como alternativa no partido torne a sua candidatura menos clara”, diz ele. 

De qualquer forma, mesmo com as previsões de candidatos no radar, o economista-chefe para América Latina do banco francês BNP Paribas, Marcelo Carvalho, destacou: “o Brasil terá uma ampla gama de candidatos da extrema direita e extrema esquerda e isso trará volatilidade”. Porém, se a perspectiva que o economista tem em mente para a economia do País estiver certa, os números da economia estarão melhores no ano que vem, o que embasa a ideia de que um candidato que propõe manutenção das políticas econômicas terá boas chances no próximo ano frente alguém que propõe uma reversão total.

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.