Os 5 eventos que vão agitar os mercados nesta semana

Reta final das eleições e início da temporada de balanços estão no radar dos investidores

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Após mais uma semana positiva para a bolsa brasileira, com o Ibovespa subindo 1,57% e o dólar caindo para R$ 3,71, o mercado entra na semana decisiva das eleições. No domingo (28) será definido se Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT) será o próximo presidente.

Para os últimos dias de campanha, a expectativa recai sobre as pesquisas eleitorais, que nos últimos dias mostram ampla vantagem para Bolsonaro, que tem entre 58% e 64% dependendo do levantamento. É esperada a divulgação de pesquisa CNT/MDA nesta segunda-feira, ao meio-dia.

Não deve acontecer nenhum debate entre os dois candidatos já que o deputado do PSL afirmou na última quinta-feira (18) que não se sente seguro em ir aos encontros por medo de atentado. 

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Veja no que ficar de olho nesta segunda-feira (22) e na semana.

1. Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram em alta, com destaque para a bolsa da China, que saltou mais de 4% após o governo divulgar um plano para reduzir imposto sobre pessoas físicas, em medida para conter a queda da bolsa do país.

Na Europa, os índices também mostram alta sustentados principalmente pelos resultados corporativos positivos da temporada de balanços. Os índices futuros de Wall Street apontam para abertura em alta impulsionada por balanços de empresas.

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Os preços do petróleo sobem com a informação de que a Arábia Saudita pode elevar a produção para 11 milhões de barris por dia. Vale lembrar que as sanções contra as exportações de petróleo do Irã devem começar em 4 de novembro e a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China está afetando a perspectiva da demanda de 2019.

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Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h54 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,31%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,29%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,67%

*DAX (Alemanha) +0,52%

*FTSE (Reino Unido) +0,66%

*CAC-40 (França) +0,33%

*FTSE MIB (Itália) +0,76%

*Hang Seng (Hong Kong) +2,32% (fechado)

*Xangai (China) +4,09% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,37% (fechado)

*Petróleo WTI +0,16%, a US$ 69,23 o barril

*Petróleo brent +0,33%, a US$ 80,04 o barril

*Bitcoin US$ 6.447,22 -0,10%
R$ 24.003 -0,36% (nas últimas 24 horas)

2. Pesquisa eleitoral

Pouco menos de uma semana antes do segundo turno que irá definir quem será o próximo presidente do Brasil, o cenário é de bastante estabilidade nas intenções de voto, com uma larga diferença de 20 pontos entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

É o que mostra a mais recente pesquisa BTG Pactual/FSB, divulgada na madrugada desta segunda-feira (22). No cenário de votos estimulado, levando em conta apenas os votos válidos (excluindo brancos, nulos e abstenções), Bolsonaro tem 60% dos votos, oscilando um ponto para cima ante a pesquisa da última semana, enquanto Haddad passou de 41% para 40% das intenções de voto em uma semana. Veja aqui a pesquisa completa

3. Agenda econômica da semana 

Entre os principais indicadores da próxima semana, na terça-feira (23) destaque para o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), considerado uma prévia da inflação oficial do País. A expectativa do mercado é de uma alta de 0,63% na comparação mensal do indicador, o que leva o acumulado de doze meses para 4,58%, maior nível desde março de 2017.

Além disso, serão divulgados os dados fiscais de setembro. A projeção é de uma arrecadação de R$ 108,6 milhões em setembro, o que corresponde a um crescimento real acumulado no ano de 6,0%.

Atenção também para o resultado primário do governo central, que deve registrar déficit de R$ 25 bilhões em setembro, mês sazonalmente afetado pelo pagamento de primeira parcela do 13º salário.

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No exterior, a semana promete ser mais agitada, com destaque para a reunião do BCE (Banco Central Europeu). O estímulo de injeção de capital na região deve se encerrar em dezembro, com indicações de subida de juros por volta do meio do ano que vem. Os dados mais recentes indicam arrefecimento do ritmo de crescimento e aceleração da inflação, o que deverá colocar pressão no cenário delineado pelo BCE.

Nos Estados Unidos, atenção especial para o Livro Bege na quarta-feira (24), que deve trazer mais detalhes sobre a visão dos membros do Federal Reserve sobre a alta de juros nos país, o que tem sido alvo de duras críticas do presidente Donald Trump, que diz que este é o motivo para o atual momento de queda do mercado norte-americano.

Para completar, na sexta-feira (26), será divulgado do PIB (Produto Interno Bruto) dos  EUA. O mercado projeta que a maior economia do mundo mostre um crescimento de 3,30% no acumulado de 12 meses encerrado no segundo trimestre, contra um resultado anterior de 4,20%.

Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.

4. Noticiário político

Na reta final das eleições, é importante ainda ficar atento à possíveis polêmicas que possam surgir contra qualquer um dos dois. Nos últimos dias, tem agitado o mercado a denúncia feita pela Folha de S. Paulo envolvendo o uso do WhatsApp por grupos de empresários contra o PT. Mesmo sem mostrar grande efeito nem no mercado e nem nas pesquisas, os investidores ficarão de olho já que há uma tendência do clima piorar conforme o segundo turno se aproxima.

Outra polêmica surgiu no fim de semana. Em um vídeo postado nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Bolsonaro e deputado federal eleito por São Paulo, diz que bastam um soldado e um cabo para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal). A afirmação foi em resposta a um questionamento sobre uma possível ação do Exército caso Bolsonaro fosse impedido de assumir a Presidência por alguma decisão do Supremo. Ministros do STFouvidos pela Folha de S. Paulo disseram que a fala evidencia “autoritarismo e despreparo”. “Tribunais só são peças dispensáveis na ditadura”, afirmou um magistrado, em condição de anonimato.

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As declarações de Eduardo Bolsonaro, sugerindo intervenção militar, também preocupam a cúpula militar por serem bem recebidas especialmente nas camadas médias e baixas do meio militar, segundo informações da Folha.

5. Noticiário corporativo

O Banco do Brasil e o UBS estão em fase final de negociação para criação de uma joint venture gestora de ativos, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Segundo ele, o banco suíço teria 51% da nova empresa e o Banco do Brasil, 49%. As negociações estariam em andamento desde janeiro.

A Bradespar informou que não vai pagar a primeira parcela de remuneração aos acionistas por não terem sido atendidos os requisitos previstos em sua “Política Indicativa Anual ao Acionista”.

O Itaú BBA elevou para “Outperform” (performance acima da média do mercado) os papéis de Eztec, estimando um preço-alvo de R$ 25,60 para 2019 – um upside de 29% em relação ao fechamento do último pregão.

A maior aeronave já produzida no Brasil, o cargueiro KC-390 da Embraer, recebeu na última sexta-feira a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir de agora, o modelo pode ser comercializado e operado em todo o território nacional.

O Itaú BBA realizou uma troca em sua carteira Top 5 e optou por retirar os papéis de Randon. “Continuamos com uma expectativa de bons resultados para os próximos trimestres, mas, dada a alta expressiva de 33% desde a adição na carteira, preferimos realizar lucros”, escrevem os analistas.

O Banco Inter homologou o aumento do capital social do banco, acrescendo um valor de R$ 10.079.921,46 e totalizando 100.970.272 ações, sendo 50.767.085 ordinárias e 50.203.187 preferenciais. Desta forma, o valor do capital social acrescido do aumento homologado será de R$ 863.417.328,71

 

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