Os 5 eventos que vão agitar os mercados na semana

Confira os assuntos que agitarão os mercados nos próximos dias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os mercados internacionais têm uma segunda-feira (19) sem direção, com o minério de ferro mantendo sua derrocada. Nos EUA, os receios com a trajetória da taxa de juros voltaram a ser o foco, uma vez que nesta semana o Fed provavelmente aumentará a taxa de juros.

No Brasil, o destaque fica para a agenda de indicadores, com divulgação do Relatório Focus e do IBC-Br nesta manhã. Além disso, nesta segunda, acontecerá o vencimento de opções sobre ações na B3, o que promete trazer volatilidade ao índice. Durante a semana, atenção ainda para os dados do IPCA-15 e para o Copom no Brasil. Confira os destaques:

  1. 1. Bolsas mundiais

Os contratos futuros norte-americanos recuam nesta manhã, de olho na reeleição de Vladimir Putin na Rússia e na espera pela reunião do Federal Reserve que acontecerá nesta semana, a primeira comandada por Jerome Powell. A expectativa é que o Fed volte a elevar juros no dia 21 de março, o que seria o primeiro ajuste desde dezembro, mas os investidores estarão atentos às possíveis sinalizações que indiquem quantas vezes as taxas básicas poderão ser aumentadas em 2018.

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Sobre as eleições russas, Putin foi reeleito com vitória acachapante: 76,6% dos votos, porém o analista política Alexander Rahr, consultado pelo CNBC, afirmou que o presidente deverá provocar mudanças em sua política, tendo em vista a crescente chamada por mudanças, realizadas pelos jovens russos.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção definida. No Japão, a bolsa fechou em queda, pesando novamente as acusações de uma venda irregular de terreno que afetam o primeiro-ministro Shinzo Abe e ainda em meio a preocupação com o cenário político nos EUA, culminando na valorização do iene frente ao dólar. Na China, por outro lado, o dia foi positivo após o Congresso Nacional do Povo confirmar novos mandatos para o presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang, além de nomear Yi Gang para chefiar o PBoc (banco central chinês), no lugar de Zhou Xiaochuan, que ficou no comando da instituição por 15 anos.

O minério de ferro continua em sua trajetória de queda e acumula perdas de 4,54% (a 484 iuanes) na China, em meio à apreensão sobre os estoques no país, que subiram para níveis sem precedentes; o receio de decepções sobre demanda também pesam. Vale destacar ainda que as tarifas norte-americanas ao aço e alumínio entram em vigor nesta semana.

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Enquanto isso, o petróleo também recua, com aumento de produção nos EUA e aguardando a divulgação dos seus estoques na próxima quarta-feira.

Às 8h20 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,54%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,52%

*DAX (Alemanha) -0,88%

*FTSE (Reino Unido) -1,26%

*CAC-40 (França) -0,68%

*FTSE MIB (Itália) -0,40%

*Nikkei (Japão) -0,90% (fechado)

*Shangai (China) +0,30% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,04% (fechado)

*Petróleo WTI -0,42%, a US$ 62,08 o barril

*Petróleo brent -0,38%, a US$ 65,96 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -4,54%, a 463 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.219,96 -6,49%
R$ 26.987 +4,7% (nas últimas 24 horas)

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2. Agenda doméstica

Na abertura da semana, o primeiro indicador a ser apresentado é o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), na segunda-feira (19) às 8h30 (horário de Brasília). A projeção dos analistas consultados pela Bloomberg é de um ligeiro recuo de 0,2% ante o mês de dezembro, com o fraco resultado da indústria e dos serviços, que caíram 2,4% e 1,9%, respectivamente.

Mas o destaque fica para a definição de juros do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira, a partir das 18h. Desde a última semana o mercado já passou a cravar um novo corte da Selic, que levaria a taxa para 6,50% ao ano, na 12ª redução consecutiva. 

Já na sexta-feira (23), será a vez do IBGE divulgar o IPCA-15 de março, que deve mostrar alta de apenas 0,20% segundo projeção da Bloomberg, levando o acumulado em 12 meses para abaixo do piso da meta, em 2,90%. Ainda sem data definida, o Ministério do Trabalho deve divulgar os dados do Caged referente ao mês de fevereiro na próxima semana. A GO Associados estima geração líquida positiva de 145 mil vagas de emprego formal no mês. 

3. Agenda externa

No exterior, a agenda tem como principal evento a decisão de política monetária do Fomc (Federal Open Market Committee) na quarta-feira, com revelação da decisão às 15h. A expectativa predominante no mercado é que o Comitê subirá o juro em 25 pontos-base, levando a taxa para o intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano.

Além do Fomc, atenção para alguns dados de inflação e serviços na Europa, enquanto nos EUA vale ficar atento a discursos de três membros do Federal Reserve. Além disso, na quinta-feira (22), também serão apresentados dados de emprego e os PMIs da indústria e serviços norte-americanos. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

4. Notícias do dia

No campo político, atenção para o noticiário sobre pressões para que o STF altere a decisão de permitir a prisão de condenados após julgamento em segunda instância por conta do julgamento dos recursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro Marco Aurélio Mello pode motivar a discussão em plenário sobre a prisão em 2ª instância. Além do PT e de partidos da base, a ministra Cármen Lúcia sofre pressão de colegas para colocar o assunto em pauta.

o jornal O Estado de S. Paulo informa que o  presidente Michel Temer já começou a avisar seus principais interlocutores que está disposto a disputar a reeleição presidencial. O presidente acha que poderá melhorar de situação com a confirmação da recuperação da economia e com outras medidas que pretende adotar até o final de seu mandato.  Enquanto isso, O Globo informa que, convidado para entrar no MDB, Henrique Meirelles também avalia filiação a outro partido. 

Em destaque nas eleições estaduais, a Folha de S. Paulo informa que o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) comunicou ao partido que aceita discutir sua candidatura ao governo de Minas, num movimento que favorece a campanha do governador Geraldo Alckmin. Já João Doria venceu as prévias do partido com 80% dos votos e será o candidato a governador de São Paulo. Sobre o assunto, Alckmin afirmou à Folha que as eleições serão fragmentadas e que “o povo está meio cansado dessa brigalhada política”. Por outro lado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse ao Correio Braziliense que o governo “quer candidato para defender o passado”.

5. Noticiário corporativo

Em destaque no radar corporativo, o CEO da Suzano , Walter Schalka, estima que as sinergias entre a empresa e a Fibria aparecerão em 2 ou 3 anos e podem alcançar até R$ 10 bilhões. Ainda sobre a união das operações, a Moody’s afirmou rating “Ba1”, com perspectiva negativa, tanto para a Suzano quanto para a Fibria após o anúncio do negócio, já a Fitch rebaixou a perspectiva deste último papel de “positiva” para “estável”. Por outro lado, a Suzano foi elevada de “BB+” para “BBB-” pela S&P.

A JBS, por sua vez, concluiu a venda da Five Rivers por cerca de US$ 200 milhões. No radar de recomendações, a BRF foi rebaixada a “neutra” pelo UBS, com preço-alvo de R$ 28,50, enquanto que a Magazine Luiza foi rebaixada a “market perform” com preço-alvo elevado de R$ 59 para R$ 94 pelo Itaú BBA. O Itaú BBA ainda elevou o preço-alvo das ações da Multiplan para R$ 76 e os elevou para “outperform”. Cabe destacar também que no Infotrade, o destaque do dia é a Petrobras, que abriu caminho para a recuperação, na visão do analista Rafael Ribeiro.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.