Os 5 eventos que vão agitar os mercados na semana

Confira os assuntos que agitarão os mercados nos próximos dias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana, mais curta por conta do feriado de sexta-feira santa, começa animada nos mercados mundiais por conta dos menores receios de guerra comercial entre Estados Unidos e China. Nesta segunda-feira (26), também é destaque o julgamento dos embargos de Lula no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com expectativas esvaziadas após ex-presidente obter liminar no STF (Supremo Tribunal Federal). Confira os assuntos desta segunda e da semana no mercado:

1. Bolsas mundiais 

A semana começa com ânimo para as principais bolsas mundiais, enquanto S&P futuro avança e sinaliza reação da bolsa de Nova York após queda expressiva da semana passada com fala de secretário dos EUA, que amenizou receio de guerra comercial com China. O secretário do Tesouro Steven Mnuchin disse à Fox News que está “cautelosamente esperançoso” de que as duas maiores economias do mundo chegarão a um acordo para impedir a imposição das tarifas.

O gesto de conciliação vem poucos dias depois de EUA e China ameaçarem taxar seus respectivos produtos. Na quinta, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou planos de impor tarifas a até US$ 60 bilhões em importações da China. Horas depois, Pequim anunciou que poderá adotar medidas retaliatórias contra 128 produtos americanos com valor de US$ 3 bilhões. 

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No mercado de commodities, o minério de ferro registra baixa em Dalian, enquanto o petróleo tem leve queda  após subir forte na última semana, para acima de US$ 65 em meio a tensões no Oriente Médio. Já os futuros de petróleo da China, denominados em yuans, tiveram forte desempenho em sua aguardada estreia nesta segunda-feira, sinalizando o sentimento positivo em relação a um mercado, que, na expectativa de Pequim, poderá dar origem a uma nova referência da commodity para rivalizar com as dos EUA e da Europa.

Às 7h50 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) +1,16%

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*Dow Jones Futuro (EUA) +1,08%

*DAX (Alemanha) +0,51%

*FTSE (Reino Unido) +0,24%

*CAC-40 (França) +0,23%

*FTSE MIB (Itália) -0,40%

*Nikkei (Japão) -+0,72% (fechado)

*Shangai (China) -0,60% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,79% (fechado)

*Petróleo WTI -0,52%, a US$ 65,54 o barril

*Petróleo brent -0,31%, a US$ 70,23 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -2,01%, a 439 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.345,15 -2,02%
R$ 28.779 -1,85% (nas últimas 24 horas)

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2. Agenda da semana

Com o feriado deixando os mercados brasileiro e americano fechados na sexta-feira (30), a semana terá foco em indicadores externos, em especial o PIB dos EUA na quarta-feira (28) às 09h30 (horário de Brasília). Um dia antes, às 8h, o Banco Central divulga a ata da reunião do Copom, com mais detalhes sobre a intenção de reduzir os juros novamente em maio.

Na quinta-feira (29), serão divulgados os dados de renda pessoal e inflação medido pelo Índice de Despesas de Consumo Pessoal dos EUA, indicador de inflação preferido do Fomc. O dado, que segue abaixo de 2,0% na comparação anual, deve ajudar o mercado calibrar o número de altas de juros pelo Fed ao longo do ano. 

Já nesta segunda, atenção para as falas dos presidentes do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, às 13h30; do Fed de Cleveland, Loretta Mester, às 17h30 e do vice-presidente do Fed, Randal Quarles, às 20h10. 

3. Julgamento de Lula no TRF-4

No campo político, todas as atenções estarão voltadas para o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que irá julgar nesta segunda-feira o embargo de declaração impetrado pelos advogados do ex-presidente Lula. O julgamento começa às 13h30.

Se perder este recurso, Lula pode ter sua prisão decretada. Contudo, ele estará livre da cadeia,  pelo menos até depois da Páscoa, por conta de liminar do STF (Supremo Tribunal Federal).

4. Notícias do fim de semana

Também tratando sobre Lula, o noticiário do último fim de semana foi repleto de indicações sobre o cenário eleitoral. Segundo informações da Folha de S. Paulo, o petista quer que, caso a Justiça Eleitoral o impeça de entrar na disputa à presidência, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad seja o seu substituo.

Enquanto isso, após assumir que deve ser candidato à presidência em entrevista à revista IstoÉ, o presidente Michel Temer prepara agenda de inaugurações para tentar se viabilizar nas eleições, diz a Folha. Já o Estadão aponta que o MDB tenta colar o ministro da Fazenda Henrique Meirelles em plano eleitoral de Temer. A cúpula do MDB quer que Meirelles se filie ao partido e permaneça como uma espécie de “plano B” para o caso de Temer não conseguir viabilizar sua candidatura e desistir de entrar no páreo. Se o presidente não recuar, porém, o MDB avalia que Meirelles pode ser vice na chapa.

5. Noticiário corporativo

As notícias sobre a Eletrobras seguem sendo destaque. Segundo a coluna de Sônia Racy do Estadão, enquanto não houver decisão sobre o futuro ministério de Minas e Energia, a Câmara vai andar de lado e a privatização da Eletrobras não vai sair do papel. Já o empresário  Flávio Rocha, dono da Riachuelo, vai deixar a diretoria da Guararapes Confecções, para concorrer à Presidência da República nas eleições deste ano. Ele só exercerá suas funções nos cargos que ocupa até o término de seu mandato, no final de abril.

Já o jornal O Globo destaca que a Embraer e a Boeing estão em um estágio avançado nas discussões sobre o modelo de combinação de seus negócios de aviação comercial. A preocupação, contudo, é preservar a possibilidade de a Boeing comercializar o KC-390, que permaneceria sob o controle exclusivo da companhia brasileira. Sobre o setor siderúrgico, Brasil e Estados Unidos iniciam conversa sobre a taxa do aço. O governo americano indicou que exclusão permanente de alguns países da sobretaxa dependeria de uma contrapartida, mas não deu detalhes. Por fim, no radar de recomendações, a Cyrela foi elevada a ‘overweight’ pelo JPMorgan.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.