Os 5 eventos que vão agitar os mercados na semana

Confira os assuntos que agitarão os mercados nos próximos dias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Apesar do feriado de Martin Luther King nos EUA, que deve proporcionar menor liquidez, a sessão promete ser agitada para o Ibovespa, em meio ao vencimento de opções sobre ações na B3. Nesta segunda-feira (15), o mercado fica de olho no IBC-Br e nas negociações para a Previdência. Veja mais destaques: 

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1. Bolsas mundiais

A maior parte das bolsas asiáticas fechou em alta, refletindo mais um dia de ganhos em Nova York na última sexta-feira (12), com exceção da bolsa chinesa, que recuou em meio a preocupações com o recente aperto da liquidez financeira e após os últimos dados sobre empréstimos bancários, revelando que o volume de novos empréstimos bancários caiu para cerca de metade em dezembro ante o mês anterior, para US$ 90 bilhões.

No mercado de commodities, apesar da leve queda, o petróleo é negociado perto do maior nível em três anos mesmo após Iraque se juntar ao apelo para que cortes de produção pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) continuem. Já os metais avançam em Londres impulsionado pela queda do dólar, mas não evitam a correção dos principais índices europeus.

Às 8h07 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*CAC-40 (França) -0,23%

*FTSE (Reino Unido) -0,03%

*DAX (Alemanha) -0,27% 

*FTSE MIB -0,03%

*Hang Seng (Hong Kong) -0,23% (fechado)

*Xangai (China) -0,55% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,26% (fechado)

*Petróleo WTI -0,11%, a US$ 64,23 o barril

*Petróleo brent -0,26%, a US$ 69,69 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -2,01%, a 536,5 iuanes (nas últimas 24 horas)

Bitcoin US$ 13.847,00 +0,55% (nas últimas 24 horas)

2. Agenda de indicadores

Enquanto a bolsa americana ficará fechada nesta segunda-feira por conta do feriado de Martin Luther King, o Brasil terá motivos de sobra para os investidores ficarem atentos. Às 8h30 (horário de Brasília), o Banco Central divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) de novembro, que registrou alta de 0,49% na comparação mensal, enquanto os analistas esperavam avanço de 0,40%.

Outro dado importante que será divulgado na semana, mas ainda sem data para ser divulgado, é o Caged de dezembro, que segundo a GO Associados deve ter saldo líquido negativo de 380 mil vagas de emprego formal. “Sazonalmente, o mês de dezembro é ruim para o emprego formal, pois ocorrem as demissões dos temporários contratados durante as festas de fim de ano”, argumentam os analistas.

3. Agenda externa da semana

No exterior, destaque para o PIB (Produto Interno Bruto) da China, na quinta-feira (18) à noite. A expectativa é que o gigante asiático mantenha o ritmo de avanço, levando o país a um crescimento acumulado de 6,8% no ano de 2017, uma leve alta ante os 6,7% de um ano antes e acima da meta do governo de 6,5%: “o bom desempenho da economia chinesa é um dos fatores que tem levado a expectativas otimistas para o crescimento mundial, ajudando a impulsionar os preços de algumas commodities”, explica a GO.

Nos EUA, na quarta-feira (17), serão divulgados o resultado da produção industrial de dezembro e o Livro Bege. A expectativa é que ambas as divulgações mantenham o tom positivo sobre o crescimento econômico. Por fim, ainda na quarta, na Zona do Euro será conhecido o resultado final da taxa de inflação ao consumidor em 2017, que apesar de acelerar para 1,5%, no núcleo segue com resultado baixo, em torno de 1%.

4. Previdência e eleições

Michel Temer se reuniu com ministros na manhã de ontem para tratar do cenário econômico. Participaram do encontro os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco; da Fazenda, Henrique Meirelles; da Justiça, Torquato Jardim, e o subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, que substituiu o ministro Eliseu Padilha, de férias. Eles conversaram sobre geração de empregos, inflação, contenção de gastos e reforma da Previdência, com as negociações devendo ser intensificados nesta semana.

Enquanto isso, o noticiário sobre eleições também segue no radar. Em Nova York, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é imbatível em uma disputa eleitoral e que Jair Bolsonaro não será eleito presidente em outubro. Embora tenha dito que ainda não é candidato à presidência, ele deixou esta possibilidade em aberto na semana passada e aproveitou a conversa para atacar potenciais adversários – como Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, e apontar seus pontos positivos. O deputado disse que seria um candidato mais competitivo que Meirelles.  

Atenção ainda para as notícias sobre a preparação para o julgamento de Lula. O presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, reúne-se nesta segunda-feira com Cármen Lúcia e Raquel Dodge para conversar sobre ameaças recebidas pela corte por conta de julgamento de Lula, segundo informa o Valor, que também ressalta que o ex-presidente só comparecerá a julgamento se for para se manifestar no tribunal. 

5. Noticiário corporativo

Em destaque no radar corporativo CVM rejeitou proposta de termo de compromisso apresentada pela Gol, de pagamento de R$ 1 milhão ao órgão, para encerrar futuros processos relacionados a supostos pagamentos inapropriados por parte da empresa a agentes públicos. A Bloomberg informa que BHP pede à Vale US$ 1 bilhão pela participação na Samarco, enquanto que, para a Eurasia, a venda da Eletrobras é provável, mas a janela é estreita. Entre as recomendações, a Randon foi elevada a ‘outperform’ pelo Itau BBA, com preço-alvo de R$ 9,50.

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.