Os 5 eventos que vão agitar o mercado nesta semana

Confira os destaques desta segunda-feira (17) e da semana que você deve se atentar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana começa com cautela para os principais índices mundiais, com o mercado de olho na semana agitada, com BCE, PIB da China. No Brasil, destaque para uma agenda econômica agitada; além disso, a partir de segunda-feira (17), a Bolsa começa a operar com horário diferenciado, com o pregão se estendendo até às 18h. Para saber mais, clique aqui. No noticiário nacional, destaque ainda para a fala do presidente Michel Temer na cúpula dos Brics, em que negou aumento da Cide e afirmou que  o Brasil “começa a entrar nos trilhos”. Confira os destaques desta segunda-feira e desta semana:

1. Bolsas mundiais
A semana começa com cautela para a maior parte das bolsas mundiais. Na Europa, os investidores ficam de olho na temporada de resultados, dados econômicos e a expectativa pela reunião do BCE (Banco Central Europeu) que acontece no final da semana, em meio aos rumores de que a autoridade monetária possa reduzir o programa de compra de ativos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,4% em setembro ante igual mês do ano passado, registrando a maior alta desde outubro de 2014, segundo a Eurostat. O resultado confirmou a leitura preliminar e veio em linha com a expectativa de analistas. Porém, embora o CPI tenha acelerado em relação ao ganho anual de 0,2% verificado em agosto, a inflação anual do bloco continua bem abaixo da meta do BCE, que é de taxa ligeiramente inferior a 2,0%. Nesta data, atenção ainda para as falas do vice do Federal Reserve Stanley Fischer, às 14h15 (horário de Brasília) e do presidente do BCE Mario Draghi às 15h35. 

Na Ásia, os mercados chineses tiveram a maior queda em três semanas, com a confiança afetada pela queda nas ações B denominadas em dólar de Xangai, na medida que o iuan continuou a se enfraquecer.  Os índices encerram a manhã praticamente estáveis, mas começaram a recuar em seguida uma vez que o índice de ações B de Xangai caiu mais de 6%. As vendas de ações B aconteceram em meio a crescentes preocupações com o valor do iuan, que tocou nova mínima de seis anos contra o dólar nesta segunda-feira. Ações B são papéis denominados em dólar em empresas chinesas, e portanto vulneráveis à depreciação do iuan. O MSCI, principal índice da região asiática, também caiu após declarações da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, que sinalizou a necessidade de medidas agressivas para reconstruir a economia norte-americana. 

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Às 08h13, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) -0,76%

* CAC-40 (França) -0,49%

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*DAX (Alemanha) -0,55%

* Xangai (China) -0,74% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -0,84% (fechado)

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,32%

*Petróleo brent -0,08%, a US$ 51,91 o barril

2. Agenda doméstica
Em sua terceira reunião em novo formato e liderada por Ilan Goldfajn, os membros do Copom irão se reunir das 14h30 às 18h da terça-feira (18) e da quarta para deliberar se cortam ou não a Selic. O resultado sai na quarta após este período e deve marcar o início do ciclo de corte de juros. Porém, o mercado segue indeciso se teremos uma redução mais forte, de 0,50 ponto percentual, ou branda, de 0,25 p.p.. Além disso, fica a expectativa pelo comunicado, que promete trazer detalhes sobre como o BC está vendo a economia no momento e o que planeja fazer com a Selic no futuro.

Já na quinta-feira, às 8h30, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) de agosto será divulgado, com a expectativa mediana dos economistas sendo de recuo de 0,5% na economia brasileira no período.

Na sexta-feira (21) às 9h, o IBGE divulga o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) colhido entre os dias 15 de setembro e 15 de outubro. As estimativas dos economistas são de que o índice mostre um avanço de 0,20%, contra os 0,23% de aumento registrados no período anterior. Por fim, noticiário corporativo pode ganhar destaque na semana, quando Localiza abre a temporada de balanços.

3. EUA e Europa 
Na noite de quarta ocorre o terceiro e último debate entre Hillary Clinton e Donald Trump, candidatos democrata de republicano, respectivamente, na corrida pela Casa Branca. Após vitória da democrata nos dois primeiros encontros e os recentes escândalos envolvendo Trump, a expectativa é que o clima seja ainda mais quente neste debate já que será a última chance do republicano reverter o cenário que começou a se instaurar e que deve levar à vitória de Hillary. O debate começa às 23h (horário de Brasília), na universidade de Nevada em Las Vegas, e será moderado por Chris Wallace, âncora do Fox News Sunday.

A agenda de divulgações de indicadores nos EUA desta semana também destaca CPI, com estimativa de aceleração, produção industrial e o Livro Bege. Entre os pronunciamentos de dirigentes do Fed, está previsto o vice Stanley Fischer, além de John Williams (San Francisco), Robert Kaplan (Dallas), William Dudley (Nova York) e Daniel Tarullo.

Já na Europa, na quinta-feira, ocorre a reunião do Banco Central Europeu, que promete agitar o mercado após os recentes boatos de que a autoridade monetária europeia poderia anunciar um corte nos estímulos à economia. Apesar de ter desmentido a informação, analistas e investidores ficam atentos para o rumo da economia na região e sobre os efeito do Brexit ao grupo europeu.

4PIB da China
Também na quarta-feira à noite, sem horário definido, será divulgado o PIB da China, que para os analistas da LCA Consultores, deve ficar em 6,7%, mantendo o mesmo patamar do resultado anterior. Segundo Schneider, indicadores antecedentes já indicam que o resultado deve ficar realmente próximo de 7%. “Acho difícil termos uma surpresa negativa neste caso”, afirma.

5. Noticiário corporativo
O noticiário desta segunda-feira também está bastante movimentado. A Petrobras informou na sexta-feira que está em negociações avançadas com a Ultrapar Participações para a venda da Liquigás Distribuidora. Já de acordo com a revista Veja, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, defendeu a continuidade de Murilo Ferreira na presidência da Vale. Já o Cade considerou complexa a fusão entre BM&FBovespa e Cetip. No radar de recomendações, a TIM foi elevada de equalweight para overweight pelo Barclays, a Cielo foi elevada de equalweight para overweight pelo mesmo banco. Já o BTG Pactual rebaixou a recomendação da Eletropaulo para neutro.

(Com Reuters e Bloomberg) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.