Os 5 eventos que vão agitar o mercado nesta semana

Confira os destaques desta segunda-feira (10) e da semana que você deve se atentar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário começa movimentado nesta segunda-feira, com destaque para a votação da PEC do teto de gastos em primeiro turno no Plenário da Câmara dos Deputados. Já no cenário internacional, o mercado fica de olho na política, com a repercussão do debate entre Hillary Clinton e Donald Trump.  Nos EUA, ata do Fed e fala de Yellen são destaques. Confira os destaques desta semana:

1. Bolsas mundiais
A semana começa em alta para as bolsas mundiais nesta segunda-feira, com o mercado repercutindo o segundo debate presidencial nos EUA e de olho no noticiário sobre os bancos europeus. Os mercados veem 
menos chances de uma vitória do candidato republicano Donald Trump em sua candidatura presidencial nos Estados Unidos, em meio a um escândalo sobre os comentários chulos que ele fez sobre mulheres. Além disso, pesquisa da CNN mostrou que a candidata democrata Hillary Clinton venceu o debate do último domingo. Os EUA têm feriado de Columbus Day; mercado de ações opera e o de títulos, não.

Já na Europa, destaque para as ações do Deutsche, que chegaram a cair 3% em meio a notícias de que ainda há impasse na negociação com o Departamento de Justiça americano. Por outro lado, as exportações da Alemanha subiram 5,4% se recuperaram mais do que o esperado em agosto, registrando a maior alta em mais de seis anos e afastando temores de que a economia estaria a caminho de uma desaceleração.

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Os mercados da China reabriram em alta nesta segunda-feira, após uma semana de feriado, com os principais índices tendo a maior alta em dois meses, mas os ganhos foram limitados por vendas generalizadas nas ações do setor imobiliário devido às restrições impostas em mais cidades para conter a alta dos preços. Já o japonês Nikkei não operou devido a um feriado no país. Já o petróleo sobe após a Arábia Saudita manifestar otimismo de que Opep chegará a acordo; barril chegar a US$ 60 até fim do ano não é impensável, disse ministro saudita.

Às 08h13, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) +0,11%

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* CAC-40 (França) +0,31%

*DAX (Alemanha) +0,42%

* Xangai (China) -0,42% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -0,42% (fechado)

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,34%

*Petróleo brent +1,02%, a US$ 52,46 o barril

*Minério de ferro 62% Qingdao ->+1,39%, a US$ 56,65 a tonelada

2. PEC do teto de gastos
A PEC do teto segue para ser votada no Plenário nesta segunda-feira em primeiro turno. Confiante na aprovação da proposta de Emenda à Constituição (PEC 241/16) que limita o teto de gastos públicos, o governo espera contar com mais de 350 votos para garantir a proposta. A afirmação é do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, responsável pela articulação política do governo.

Em jantar promovido ontem com deputados da base aliada do governo, no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer criticou a manifestação da Procuradoria-Geral da República, que na sexta-feira considerou “inconstitucional” a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pelo governo para limitar o aumento dos gastos públicos por 20 anos. “Todo e qualquer movimento de natureza corporativa que possa tisnar a PEC do Teto não pode ser admitido”, disse Temer, de acordo com relato de participantes do encontro, sem citar diretamente o Ministério Público Federal. “Nós estamos fazendo história e queremos, no último dia do nosso governo, dizer: ‘Salvamos o Brasil'”.

3. EUA
A reta final das eleições nos EUA e os indicadores econômicos ganham destaque nesta semana. De acordo com pesquisa realizada pela CNN, a candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, venceu neste domingo (9) o segundo debate contra o republicano Donald Trump, segundo 57% dos consultados. Dos entrevistados na pesquisa, 58% disseram antes do debate que apoiavam Hillary.

 Nesta semana, o destaque fica para a ata do Fomc (Federal Open Market Committee), a ser revelada dia 12 (quarta-feira), após o payroll um pouco menor do que o previsto na última sexta-feira não mudarem as expectativas de alta de juros em dezembro pelo Fed. Além do Fomc, a chairwoman da autoridade monetária Janet Yellen e outros dirigentes do Fed ao longo da semana. Vendas no varejo, PPI e sentimento de Michigan são destaques entre indicadores nesta semana. 

4. Dados econômicos
No Brasil, após o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro abaixo de todas as previsões ampliar as apostas em corte da Selic, os próximos dias têm apenas uma prévia do IGP-M e quadrissemanas do IPC-Fipe e IPC-S. A semana terá feriado na quarta-feira, dia de Nossa Senhora Aparecida. O Banco Central mantém volume de 5.000 swaps reversos em leilão.  

No exterior, a China divulga dados importantes durante a semana. Balança
comercial deve sair entre os dias 12 e 13. Dados de inflação saem na quinta-feira. Na zona do euro, sai produção industrial. No Reino Unido, o presidente do Bank of England Mark Carney fala dias 13 e 14. 

5. Noticiário corporativo
A semana já começa movimentada no noticiário corporativo, com destaque para a notícia de que o Itaú Unibanco anunciou acordo com o Citibank para aquisição dos negócios de varejo conduzidos pela instituição financeira norte-americana no Brasil por R$ 710 milhões. Além disso, a Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, terá novo presidente a partir de 1º de janeiro do ano que vem. Eduardo Navarro, atual presidente do Conselho de Administração da empresa no Brasil, assumirá a presidência da companhia no lugar do israelense Amos Genish. Chama a atenção ainda as diversas recomendações: a Usiminas foi rebaixada de neutra para underweight pelo JPMorgan, enquanto a Gerdau foi rebaixada de overweight para neutra pelo mesmo banco. A Localiza foi rebaixada para neutra pelo Bradesco BBI, enquanto a JSL teve a cobertura retomada com outperform pelo mesmo banco. A Ambev foi reiniciada com recomendação de compra pelo Goldman Sachs. Além disso, Rômel Erwin de Souza reassumiu a presidência da Usiminas.

(Com Bloomberg, Reuters e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.