Os 5 assuntos que vão movimentar o pregão desta quarta-feira

Fed, rito do impeachment, notícias sobre a saída de Levy e reunião da Executiva do PMDB são os destaques de hoje

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após uma terça-feira de forte tensão no mercado brasileiro por conta da Operação Catilinárias, o noticiário político segue movimentado, ainda mais pela possível definição do rito do impeachment pelo STF. Porém, às 17h (horário de Brasília), os EUA vão ser o foco, com a decisão de política monetária do Fomc, que deve subir os juros pela primeira vez desde 2006. Confira os assuntos para ficar de olho nesta quarta-feira (16):

Bolsas mundiais de olho no Fed
As bolsas asiáticas subiram com força nesta quarta-feira, com a confiança sendo impulsionada pela alta em Wall Street antes da provável elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, que ocorrerá às 17h. O índice Nikkei avançou 2,6 por cento, se recuperando da mínima de dois meses atingida na sessão anterior com o humor para o risco melhorando antes de um dos eventos do mercado mais antecipados deste ano. Com o aumento dos juros sendo visto como praticamente certo após mais de um ano de antecipação, o foco do investidor está em como será o ritmo do ciclo de aperto que o Fed vai optar por fazer no próximo ano. O banco central já sinalizou que pretende elevar os juros de forma gradual. Na Europa, o dia é de cautela, com os mercados registrando leves ganhos tambèm à espera do Fomc. Em destaque no cenário corporativo por lá, está o Casino, que sobe 7% após a companhia anunciar planos de redução de dívida. 

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Rito do Impeachment
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar hoje a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment, e alguns artigos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. As normas foram utilizadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar andamento às etapas inciais do processo, que foi suspenso pelo ministro Edson Fachin, relator da ação que trata do assunto, a pedido do PCdoB, até decisão do plenário. A sessão está prevista para começar às 14h, pela leitura do relatório da ação. Em seguida, será aberto prazo de 15 minutos para que cada uma das partes do processo, incluindo a Câmara, o Senado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a presidenta Dilma Rousseff, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), possa se manifestar. O PT, PSDB, DEM, PSOL, a Rede, o PP e a União Nacional dos Estudantes (UNE) terão que dividir uma hora para sustentação oral. Após as manifestações, Fachin e os demais ministros começam a votar. O voto do ministro tem cerca de 100 páginas. A previsão é que o julgamento não termine hoje e seja retomado amanhã (17).

PMDB
O PMDB vai reunir hoje a Executiva Nacional do partido, às 10h30, em Brasília. A reunião foi convocada pelo presidente da legenda, vice-presidente Michel Temer, e vai discutir, entre outros assuntos, a operação deflagrada hoje (15) pela Polícia Federal de busca e apreensão em endereços de lideranças do partido, entre elas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ministros e ex-ministros peemedebistas.  Segundo interlocutores do partido próximos a Temer, há pressão para que o PMDB defina um posicionamento único em relação à aliança com o PT e ao apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff. Uma parte do partido, ligada a Cunha, defende o rompimento com o Palácio do Planalto.

Joaquim Levy
O mercado também deve reagir à notícia do jornal Valor Econômico de hoje de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy já acertou com a presidente Dilma Rousseff sua saída do governo há alguns dias. 
O ministro permanecerá no cargo por um breve período até que a presidente encontre um substituto e o cenário político fique mais nítido. O Palácio do Planalto, afirma a colunista Claudia Safatle, teria pedido uma transição de forma mais suave e discreta para não assustar o mercado. O governo, com o processo de impeachment, é outro e Dilma conduzirá política fiscal bem mais tímida que a defendida por Levy, afirma a colunista. Ontem, ele teve uma derrota: o relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PMB-PE), afirmou que fará adendo ao texto, a pedido do governo, para alterar a meta fiscal a cerca de 0,5% do PIB, com possibilidade de a meta ser zerada com abatimentos.

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Repatriação e limpeza da pauta
Por outro lado, foi aprovado o  projeto que repatria recursos de brasileiros no exterior não declarados ao Fisco com mudanças na redação que permitem que a presidente faça alterações e restabeleça a essência do texto. O Congresso limpou a pauta para votar nesta quarta-feira os projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 e do Plano Plurianual (PPA) 2016-2019.

(Com Reuters, Agência Estado e Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.