Os 5 assuntos que vão agitar os mercados no primeiro pregão de 2019

Primeiro pregão do ano tem pressão externa negativa e agenda cheia de novo presidente

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O primeiro pregão do ano com novo presidente no comando do país tem pressão negativa dos mercados internacionais diante de sinais de desaceleração da economia chinesa. Por aqui, os investidores acompanham com atenção as primeiras decisões do governo Bolsonaro, que incluem a estratégia de anunciar medidas provisórias a cada dois dias, o rumo da reforma da Previdência e simplificação de tributos. 

Veja no que ficar de olho nesta quarta-feira (2):

1. Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram em queda no primeiro pregão do ano, com investidores receosos de que o ano pode ser uma “continuação” de 2018, com temores de desaceleração econômica na China.  Na agenda de indicadores do gigante asiático, o índice de gerentes de compras recuou para abaixo dos 50 pontos, passando a indicar contração da atividade. 

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Na Europa, as bolsas também operam em baixa, e os índices futuros dos Estados Unidos seguem o mesmo caminho após a divulgação de dados decepcionantes da economia chinesa. A aversão ao risco atinge também os preços das commodities e o petróleo opera em queda. 

Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h57 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) -1,51%

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*Dow Jones Futuro (EUA) -1,49%

*Nasdaq Futuro (EUA) -2,24%

*DAX (Alemanha) -0,77%

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*FTSE (Reino Unido) -1,29%

*CAC-40 (França) -2,12%

*FTSE MIB (Itália) -1,63%

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*Hang Seng (Hong Kong) -2,77% (fechado)

*Xangai (China) -1,15% (fechado)

*Nikkei (Japão) -0,31% (fechado)

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*Petróleo WTI -1,15%, a US$ 44,97 o barril

*Petróleo brent -1,06%, a US$ 53,23 o barril

*Bitcoin US$ 3.798 +2,61%
R$ 15.000 +0,75% (nas últimas 24 horas)

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*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -0,61%, a 490,00 iuanes (nas últimas 24 horas) 

2. Dia cheio para Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro terá um dia bastante intenso, com compromissos começando às 9h (de Brasília) e seguindo até o final da tarde. Inicialmente, ele vai se dedicar à política externa, com reuniões com presidentes, chanceleres e representantes de governos estrangeiros. Em dois momentos, ele participa de cerimônias de transmissão de cargo de cinco ministros.

Às 10h, Bolsonaro se reúne com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Em seguida, a conversa será com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Depois, ele se reúne com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, e o vice-presidente do Parlamento da China, Ji Bingxuan.

O presidente participa da cerimônia de transmissão do cargo dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência), general Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e general Augusto Heleno (Segurança Institucional). No final do dia, Bolsonaro também deve comparecer à solenidade de transmissão do cargo do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo.

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3. Agenda econômica

O índice de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China caiu de 50,2 pontos em novembro para 49,7 pontos em dezembro, informaram a Caixin Media e a IHS Markit nesta quarta-feira. Analistas ouvidos pela Trading Economics previam queda menor, a 50,2. A marca de 50 separa expansão da contração. Foi a primeira vez desde maio de 2017 que a leitura ficou abaixo de 50, apontando contração da atividade.

No Brasil, o Banco Central fará leilão com oferta de 13.400 contratos de swaps, dando início à rolagem do próximo vencimento. Caso seja mantido o ritmo ao longo do mês e pulando o último dia, como geralmente ocorre, a autoridade monetária deverá rolar integralmente o vencimento.

Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.

4. Noticiário político 

Durante a posse no Congresso Nacional na terça-feira (1), Jair Bolsonaro fez seu primeiro discurso como presidente da República. A fala do novo presidente durou cerca de 10 minutos. Bolsonaro afirmou que foi montada a sua equipe de forma técnica, “sem viés político, que tornou o Estado ineficiente e corrupto”.

Na economia, Bolsonaro prometeu defender o livre mercado, fazer o governo “não gastar mais do que arrecada” e realizar “reformas estruturantes” que serão “essenciais para a saúde financeira” do país. “Precisamos abrir um círculo virtuoso que traga a confiança necessária, para abrir nosso mercado ao comércio internacional, estimulando a competição, produtividade e eficácia, sem o viés ideológico”, salientou.

Após a posse, Bolsonaro já tomou suas primeiras decisões como presidente e assinou decreto em que estabelece que o salário mínimo passará de R$ 954 para R$ 998 este ano.

Em medida provisória, o governo de Bolsonaro estabeleceu que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento passará a fazer a identificação, a delimitação e a demarcação de terras indígenas. Até então, o processo ficava a cargo da Funai (Fundação Nacional do Índio). A publicação também transfere do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para a pasta a responsabilidade pela regularização de terras quilombolas.

O jornal Folha de S. Paulo traz a informação de que a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, já redigiu e está prestes a lançar uma medida provisória que busca fazer uma ampla revisão das regras da Previdência.  A proposta do novo governo é dar um passo moralizador em relação à legislação, corrigindo imprecisões e distorções na lei que abrem margem para concessões irregulares de benefícios e mesmo para a corrupção. 

Cálculos preliminares indicam que essa reestruturação legal abriria espaço para fazer uma economia anual de ao menos R$ 50 bilhões ao longo de uma década.

5. Noticiário corporativo

O Banco do Brasil informou que o diretor de distribuição, Reinaldo Kazufumi Yokoyama, renunciou ao posto e que foi nomeado para assumir a diretoria de clientes, comercial e produtos de seu braço de seguros e previdência, BB Seguridade. Fabrício da Soller renunciou ao comando do conselho de administração, em meio posse de Jair Bolsonaro.

No dia 31 de dezembro, o Banco informou ainda que assinou terceiro aditivo a contrato de crédito rural com a União, que prevê pagamento à instituição financeira cerca de R$ 1,65 bilhão. Segundo o BB, o aditivo foi feito em contrato acertado pela União com o banco no final de junho de 2001. O banco espera um “impacto residual” no resultado da instituição financeira do quarto trimestre.

A Petrobras anunciou alta de 2,5% no diesel para o dia 1º de janeiro para R$ 1,8545 por litro. De acordo com a empresa, o aumento deve-se ao fim do programa de subvenção ao diesel instituído pelo governo para encerrar a greve dos caminhoneiros. O Conselho da companhia ainda aprovou Danilo Ferreira da Silva como membro do conselho. Silva foi indicado pelos empregados da estatal.

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O banco Santander aprovou o pagamento de dividendos de R$ 1,92 bilhão e juros sobre capital próprio de R$ 2,88 bilhões.

O conselho de administração da Gol aprovou o aumento de 17,1% nos preços das passagens padrão vendidas pela companhia à Smiles, como também o aumento de 16,6% nos preços das milhas vendidas pela Smiles à Gol.

A Eletrobras receberá R$ 161,9 milhões do acordo de leniência entre o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Odebrecht. As empresas da Eletrobras beneficiadas pelo acordo receberão valores em 21 parcelas anuais, corrigidas pela Selic, a partir de outubro deste ano.

Segundo a empresa, a adesão ao acordo é uma “oportunidade de fazer retornar à Eletrobras parte dos recursos a que a companhia tem direito, diante dos prejuízos causados pela Odebrecht, decorrentes do esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato”.

Com a mudança de governo, a Sabesp informou que Karla Bertocco Trindade renunciou à presidência. No início deste mês, o governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a indicação de Benedito Braga para comandar a estatal.

A Oi informou em comunicado que a geração de caixa operacional líquida foi negativa em R$ 435 milhões no mês de outubro, quando houve investimentos de R$ 582 milhões. O resultado havia sido positivo em R$ 79 milhões no mês anterior.

Carlos Marcio Ferreira renunciou na última segunda-feira (31) ao cargo de presidente do conselho de administração da Eneva. O cargo ficará vago até a próxima assembleia geral da companhia, que ainda não possui data definida. Enquanto isso, José Aurélio Drummond Jr. desempenhará, de forma interina, a função de presidente do conselho.

O Itaú BBA atualizou suas estimativas para Light mantendo a recomendação de ‘market perform’. Os analistas estimam um preço-alvo de R$ 20 para as ações da companhia, antes R$ 23. “Dado o fracasso em concluir a transação com a GP e os resultados fracos na distribuidora, que comprometeram a alavancagem e o lucro, agora vemos a Light negociando uma TIR real implícita de 10% (caso base)”, escrevem.

(Com Agência Brasil)

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