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SÃO PAULO – Após renovar máxima histórica intraday, em 91.242 pontos, seguindo o otimismo generalizado dos mercados com o acordo firmado entre China e Estados Unidos durante o fim de semana, mas fechar bem longe das máximas, aos 89.820 pontos, o Ibovespa deve refletir nesta terça-feira (4) o clima mais ameno das bolsas internacionais, que passaram a digerir as incertezas do “cessar-fogo” da guerra comercial entre os países.
O mercado doméstico ainda acompanha de perto as negociações para a tentativa de colocar em votação o projeto da cessão onerosa e a aproximação do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) dos líderes das bancadas partidárias, recuando de sua decisão de negociar com bancadas temáticas.
Veja no que ficar de olho nesta terça-feira (4):
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1. Bolsas mundiais
As bolsas asiáticas encerraram em queda em meio às incertezas em relação aos detalhes do acordo fechado entre China e Estados Unidos no G-20, que aceitaram dar uma trégua na guerra comercial travada há semanas.
Não há informações sobre o momento em que terá início o “cessar-fogo” de 90 dias. Uma autoridade da Casa Branca disse que a pausa começaria em 1º de dezembro, segundo a Reuters, enquanto Larry Kudlow, consultor econômico da Casa Branca, disse a repórteres que o prazo começará em 1º de janeiro de 2019.
Também há divergências sobre quais são exatamente os pontos do acordo e quais serão as contrapartidas de cada país. Segundo os EUA, o país suspendeu o aumento das tarifas para 25% sobre os US$ 200 bilhões em bens chineses que entrariam em vigor em 1 de janeiro. Em contrapartida, a China se comprometeu a aumentar suas compras do mercado norte-americano de produtos agrícolas, energéticos e industriais. Não foi fechado um valor específico e a China não comentou nenhum ponto do acordo, suscitando dúvidas nos investidores.
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Os preços do petróleo operam mais um dia em alta em meio a expectativas de cortes de oferta liderados pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e uma redução obrigatória na produção canadense.
Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 8h (horário de Brasília):
*S&P 500 Futuro (EUA) -0,63%
*Dow Jones Futuro (EUA) -0,70%
*Nasdaq Futuro (EUA) -0,86%
*DAX (Alemanha) -0,59%
*FTSE (Reino Unido) -0,31%
*CAC-40 (França) -0,74%
*FTSE MIB (Itália) -0,42%
*Hang Seng (Hong Kong) +0,29% (fechado)
*Xangai (China) +0,42% (fechado)
*Nikkei (Japão) -2,39% (fechado)
*Petróleo WTI +1,81%, a US$ 53,91 o barril
*Petróleo brent +2,14%, a US$ 63,01 o barril
*Bitcoin US$ 3.952,29 -0,49%
R$ 15.221 -3,05% (nas últimas 24 horas)
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +1,72%, a 472,00 iuanes (nas últimas 24 horas)
2. Bolsa na máxima. Ainda vale a pena entrar?
O programa Analistas sem Censura avalia as possibilidades de ganhos após o Ibovespa ter furado os 91 mil pontos no intraday e renovado as máximas históricas nos últimos pregões. Será que ainda vale a pena comprar ações? Os analistas da Nord Ricardo Schweitzer, Bruce Barbosa e Renato Breia respondem a essa pergunta e comentam se há fluxo de negócios para o rally de fim de ano. O programa vai ao ar às 15h (de Brasília), ao vivo, pela IMTV e pela página do InfoMoney no Facebook.
3. Agenda econômica
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga, às 9h (de Brasília) os dados da produção industrial, que deve apontar aumento de 2,1% em outubro na comparação com mesmo mês de 2017 e queda de 2% ante setembro, conforme mediana das projeções da Bloomberg.
O Banco Central fará dois leilões de venda de moeda americana conjugado com compra. O leilão A terá acolhimento de propostas das 12h15 às 12h20 (de Brasília), com liquidação das operações de compra em 4 de fevereiro 2019. O leilão B terá acolhimento das propostas das 12h35 às 12h40, com liquidação das operações de compra em 6 de março de 2019.
Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.
4. Noticiário político
O economista Roberto Campos Neto, indicado à presidência do Banco Central pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, se encontrará nesta manhã com o atual diretor de regulação da autoridade monetária, Otavio Damaso, para discutir sua sabatina no Senado.
Bolsonaro também desembarca hoje em Brasília, onde fica até quinta-feira (6). Ele terá reuniões com representantes do MDB, PRB, PR e PSDB. É a primeira vez que Bolsonaro conversa com bancadas de partidos e não com bancadas temáticas, de segmentos específicos, como houve com os evangélicos e os empresários do agronegócio.
A viagem ocorre no momento em que são aguardados os anúncios dos nomes para dos nomes dos titulares para os ministérios do Meio Ambiente e o de Cidadania (que deve ser criado para reunir direitos humanos, mulheres e minorias).
No Senado deve haver nova tentativa de aprovar o projeto de cessão onerosa, que poderá render R$ 60 bilhões ao governo. A votação chegou a um impasse na semana passada diante das dificuldades técnicas para viabilizar parte dos recursos arrecadados aos Estados e municípios.
A matéria esteve na pauta do Senado na última semana, mas não foi apreciada por falta de consenso em torno da partilha de royalties da cessão onerosa do pré-sal com estados e municípios. Na quarta-feira (28), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse que não colocaria a matéria em votação porque não houve entendimento entre os membros da equipe econômica do governo atual e o do presidente eleito, Jair Bolsonaro. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), disse que a votação deve ocorrer a partir desta terça-feira (4). Segundo Jucá, a cessão só será votada se houver uma solução contábil para que os R$ 100 bilhões não impactem no teto de gastos do governo.
Além disso, vale ficar de olho no STF (Supremo Tribunal Federal) A Segunda Turma do Supremo deve julgar hoje, a partir das 14h, mais um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fazem parte do colegiado o relator do pedido, Edson Fachin, e os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia, e o presidente da turma, Ricardo Lewandowski.
5. Noticiário corporativo
O Fleury adquiriu ontem a rede de laboratórios de análise clínicas Lafe por R$ 170 milhões. Com a aquisição, a companhia passa a ter 83 unidades no Rio de Janeiro, segunda praça mais importante do grupo.
A Lafe atua em serviço de apoio diagnóstico com a oferta de análises clínicas na região metropolitana do Rio por meio de 32 unidades de atendimento. Segundo o Fleury, a aquisição não está sujeita a deliberação assemblear da companhia nem ensejará direito de recesso.
A Eletropaulo passará a se chamar Enel Distribuição São Paulo, selando a consolidação do grupo italiano como líder no setor de distribuição de energia no Brasil. De acordo com o jornal Valor Econômico, a companhia irá investir R$ 3,1 bilhões, entre 2019 e 2021, com foco em melhoria da qualidade do serviço, instalação de equipamentos e sistemas de telecontrole para monitoramento etc.
A Petrobras informou que assinou um novo acordo com a Eletrobras e suas subsidiárias Amazonas Energia e Amazonas Geração e Transmissão.
Segundo a companhia, o objetivo é tornar mais atrativa a privatização da Amazonas Energia e regularizar a cessão do fornecimento de gás para Amazonas GT. Entre outras coisas, as empresas concordaram em adicionar R$ 571,8 milhões a uma dívida da Amazonas Energia.
A Eletrobras pagou a 7ª parcela da dívida com a BR Distribuidora no valor de R$ 150,7 milhões. Até o momento, a BR Distribuidora recebeu o montante de R$ 1,07 bilhão.
A Localiza foi multada pelo Procon de Minas Gerais em R$ 1.161.481,00 por incluir uma taxa em seus contratos considerada abusiva pelo órgão. Segundo o Ministério Público de Minas, a multa se refere à cobrança de taxa extra, pela locadora, de 12% sobre o valor de locação de cada carro.
A Ambev aprovou a distribuição de juros sobre capital (JCP) próprio à razão de R$ 0,32 por ação da companhia, a serem deduzidos do resultado acumulado de 2018. O pagamento será feito a partir de 28 de dezembro com base na posição acionária de 18 de dezembro (B3) e 20 de dezembro (NYSE). As ações e os ADRs serão negociados ex-JCP a partir de 19 de dezembro.
O conselho da IMC critica a falta de informações e o preço da oferta pública de ações lançada pela Sapore para adquirir até 49,99% da companhia. De acordo com comunicado, o preço ofertado não compensa os riscos decorrentes de se tratar de uma OPA parcial.
A Fibria aprovou ontem o pagamento de dividendos intermediários no valor de R$ 2,78 bilhões, equivalentes a R$ 5,030371757 por ação. O pagamento será feito em 12 de dezembro. De acordo com a companhia, terão direito aos dividendos declarados os acionistas inscritos até ontem. A partir de hoje, porém, as ações serão negociadas ex-dividendo.
A Sabesp informou a nomeação de Benedito Braga para o cargo de diretor presidente da Sabesp, no lugar de Karla Bertocco. O engenheiro já atuou como Secretário de Recursos Hídricos e Saneamento no Estado de São Paulo.
A Cteep aprovou o pagamento de dividendos no valor total bruto de R$ 1,23 bilhão, correspondente a R$ 7,436826 por ação. Terão direito aos dividendos anunciados os acionistas inscritos até 6 de dezembro, e as ações serão negociadas ex-dividendos a partir de 7 de dezembro.
(Com Agência Brasil)
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