Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta terça-feira

Balanço da Petrobras, equipe de transição de Bolsonaro e eleições nos EUA estão no radar dos investidores

Weruska Goeking

Publicidade

SÃO PAULO – Após o Ibovespa renovar a máxima histórica de fechamento no último pregão (89.598 pontos), os investidores devem repercutir o resultado trimestral da Petrobras e as eleições nos Estados Unidos.

O mercado ainda acompanha com atenção os próximos passos da equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que acenou novamente à aprovação de pelo menos parte da reforma previdenciária neste ano. O viés das bolsas internacionais é negativo.

Veja no que ficar de olho nesta terça-feira (6):

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

1. Bolsas mundiais

As bolsas chinesas encerraram em queda em meio a preocupações sobre o possível impacto de um novo segmento de tecnologia, que pode levar a uma série de novas ofertas de empresas listadas, e com os investidores aguardando o impacto das medidas anunciadas na semana passada para sustentar o mercado acionário por lá.

As bolsas europeias caem por incertezas políticas e dados corporativos abaixo do esperado pelos investidores. Em Wall Street, os índices futuros apontam para abertura em queda antes da eleição de meio mandato dos Estados Unidos. Os eleitores norte-americanos definirão os membros de uma nova composição da Câmara, de um terço do Senado e mais de 75% dos governadores. Os resultados das urnas serão vistos como uma espécie de referendo sobre o governo de Donald Trump. 

Os preços do petróleo caem diante das sanções dos Estados Unidos ao Irã que entraram em vigor nesta semana e preocupações com o ritmo de crescimento das economias globais.

Continua depois da publicidade

Proteja seu dinheiro das instabilidades: abra uma conta gratuita na XP, a melhor assessoria de investimentos do Brasil

Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h59 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,27%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,20%

*Nasdaq Futuro (EUA) -0,49%

*DAX (Alemanha) -0,12%

*FTSE (Reino Unido) -0,19%

*CAC-40 (França) -0,23%

*FTSE MIB (Itália) -0,71%

*Hang Seng (Hong Kong) +0,72% (fechado)

*Xangai (China) -0,23% (fechado)

*Nikkei (Japão) +1,14% (fechado)

*Petróleo WTI -0,33%, a US$ 62,89 o barril

*Petróleo brent -0,55%, a US$ 72,77 o barril

*Bitcoin US$ 6.451,20 +0,47%
R$ 23.780 +2,05% (nas últimas 24 horas)

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -0,20%, a 510,00 iuanes (nas últimas 24 horas) 

2. Balanço da Petrobras

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,64 bilhões, alta de 2.396% (ou cerca de 25 vezes) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Contudo, o patamar foi abaixo dos R$ 9,636 bilhões esperados pelo mercado, conforme estimativa mediana coletada pela Bloomberg.

A receita de vendas alcançou R$ 98,26 bilhões, acima dos R$ 93,32 estimados e o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 29,86 bilhões. A estimativa era de R$ 32,596 bilhões.

Leia também: como comprar ações da Petrobras, passo a passo

3. Agenda econômica e de balanços

O Banco Central divulgou a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que manteve a taxa básica de juros inalterada em 6,5%. O relatório informa que a inflação acumulada em 12 meses deve atingir um pico por volta do segundo trimestre de 2019 e desacelerar em direção à meta a partir de então. 

No exterior, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores de serviços e industrial, caiu de 54,1 em setembro para 53,1 em outubro, atingindo o menor nível desde setembro de 2016, segundo pesquisa divulgada hoje pela IHS Markit.

Atenção ainda para a temporada de balanços, com destaque para números da Locamerica, Banco do Brasil e Tim, entre outras.

Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.

4. Noticiário político 

A maioria da equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro já está nomeada. A lista com os 27 nomes já escolhidos pelo presidente eleito foi publicada ontem (5) em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Inicialmente, foram definidos 22 assessores, depois incluídos mais cinco que vão atuar sem remuneração. Até o fim desta semana, outros nomes deverão ser agregados.

Na lista, estão alguns nomes já confirmados como futuros ministros, como o economista Paulo Guedes, que vai comandar o superministério da Economia – que une Fazenda, Planejamento e Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

Também compõem a equipe de transição o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que assumirá a Defesa; além do astronauta Marcos Pontes, que irá para Ciência e Tecnologia. O advogado Gustavo Bebianno, que estava interinamente como presidente do PSL e um dos principais dos coordenadores de campanha de Bolsonaro, é outro nome que aparece na lista de nomeados. Confira aqui a lista completa.

Bolsonaro também acenou mais uma vez à aprovação da reforma da Previdência e disse que será um “grande passo” caso o Congresso aprove, ainda em 2018, uma idade mínima para a aposentadoria no setor público e privado.

“O grande passo no meu entender, neste ano, se for possível, passar para 61 anos no serviço público para homem e 56 para mulher e majorar também um ano nas demais carreiras. Acredito que seja um bom começo para a gente entrar o ano que vem já tendo algo de concreto para nos ajudar na economia”, afirmou Bolsonaro em entrevista exibida na segunda-feira (5) pela TV Aparecida. Vale destacar que Sergio Moro, indicado para Ministro da Justiça por Jair Bolsonaro, realiza coletiva de imprensa em Curitiba às 16h. 

5. Noticiário corporativo

O Magazine Luiza viu seu lucro líquido subir 29,3% no terceiro trimestre deste ano, para R$ 119,6 milhões, contra R$ 92,5 milhões um ano antes. Com isso, a companhia superou a média das projeções compiladas pela Bloomberg, que era de R$ 115,3 milhões. A receita líquida fechou o período em R$ 3,67 bilhões, uma alta de 28,5% e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 278,9 milhões entre julho e setembro, uma alta de 11,4% em um ano.

O BTG Pactual registrou queda de 9,75% no lucro recorrente do terceiro trimestre, com o recuo das receitas com corretagem. O lucro recorrente, que exclui itens extraordinários, foi de R$ 685 milhões no período. 

A Marfrig teve prejuízo líquido de R$ 126 milhões em decorrência do impacto cambial sobre a dívida, além de despesas não recorrentes. A perda foi 28% menor do que o número observado um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu quase cinco vezes na comparação anual, somando R$ 1,055 bilhão.

A BB Seguridade teve lucro líquido ajustado de R$ 891,6 milhões entre julho e setembro, queda de 12,7%. O volume de prêmios emitidos de seguros, previdência e títulos de capitalização foi de R$ 14 bilhões, queda de 11,5% ante o terceiro trimestre de 2017. 

O administrador Marcelo Augusto Dutra Labuto foi nomeado para o cargo de presidente do Banco do Brasil. Labuto assume o comando do banco no lugar de Paulo Rogério Caffarelli, que deixou o cargo para presidir a empresa de meios de pagamentos Cielo, controlada pelo próprio BB juntamente com Bradesco.

As ações da Kroton, anteriormente classificadas como “overweight” foram rebaixadas a “equal-weight” pelos analistas do Morgan Stanley. O preço-alvo também foi rebaixado, de R$ 19,90 para R$ 12,40, implicando um potencial de alta de 1% em relação ao último fechamento. O preço médio para o ativo é R$ 14,53.

O banco Santander vai captar US$ 2,5 bilhões em bônus no exterior para reduzir o custo de endividamento e otimizar a estrutura de capital. A emissão será feita em duas tranches, cada uma no valor de US$ 1,25 bilhão.

A Petrobras Distribuidora apurou um lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 1,08 bilhão no terceiro trimestre, um aumento de 173,6% (ou de 2,73 vezes) em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida foi de R$ 26,455 bilhões, um aumento de 21,1%, e o Ebitda ajustado foi de R$ 631 milhões, um recuo de 40,2% e que frustrou as estimativas.

O lucro líquido da AES Tietê recuou 6,8% para R$ 35,4 milhões na comparação entre os terceiros trimestres de 2018 e 2017. A receita líquida subiu para R$ 564,8, ficando 4,9% acima das projeções do mercado. O Ebitda ficou em R$ 35,4 milhões no trimestre, com margem Ebitda de 36,9%. 

O BTG Pactual registrou no terceiro trimestre uma receita total de R$ 1,25 bilhão – praticamente estável em relação ao segundo trimestre – e um lucro líquido ajustado de R$ 684,8 milhões. No período, os ativos totais do banco somaram R$163,9 bilhões.As despesas operacionais, por sua vez, atingiram R$ 595,7 milhões, queda de 15,5% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

A BrasilAgro apurou lucro líquido de R$ 136,6 milhões no primeiro trimestre de 2019 (encerrado em 30 de setembro), do ano-safra 2017/2018. A receita líquida veio em R$ 270,7 milhões, enquanto o Ebitda ajustado no período foi de R$ 127 milhões.

O ABC Brasil apresentou um lucro recorrente de R$ 116,1 milhões no terceiro trimestre, superando a média das projeções compiladas pela Bloomberg, de R$ 113,6 milhões. O retorno médio sobre o patrimônio (ROE, em inglês), por sua vez, foi de 13,3%.

A Porto Seguro registrou um lucro líquido de R$ 318 milhões no terceiro trimestre, um aumento de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior. No período, a receita total ficou em R$ 4,5 bilhões.

A Marcopolo somou receita líquida de R$ 1,1 bilhão, com crescimento de 49,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro bruto atingiu R$ 183,1 milhões, com margem de 16,6% e aumento de 63%.

A Omega Geração teve um lucro líquido de R$ 28,4 milhões no terceiro trimestre. A receita líquida veio em R$ 167,8 milhões, enquanto o Ebitda ajustado ficou em R$ 116,8 milhões no período, com margem Ebitda ajustada de 84,4%.

O Banco Pan, controlado pelo BTG Pactual e pela Caixa Econômica Federal, apurou no terceiro trimestre um lucro líquido de R$ 49 milhões, alta de 16,35% em relação ao segundo trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, porém, o lucro caiu 56%, principalmente por conta da ausência de receitas não recorrentes da venda de créditos tributários.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.