Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta semana

Trégua na guerra comercial entre China e EUA geram otimismo generalizado nos mercados globais

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Uma trégua na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China acordada durante o G-20 no fim de semana traz uma onda de otimismo aos mercados internacionais. As bolsas ao redor do mundo operam em forte alta e o mercado de commodities também, o que deve impulsionar o Ibovespa neste início de dezembro.

Vale lembrar que o índice conquistou renovados topos históricos na última semana e flertou com os 90 mil pontos no fechamento. Ainda nesta segunda-feira (3), a B3 divulgará a primeira prévia do Ibovespa. 

Para ficar de olho: as bolsas norte-americanas ficarão fechadas na quarta-feira (5) em um dia nacional de luto, como já é tradição no país, pela morte do ex-presidente George H. W. Bush. A última vez em que isso ocorreu foi em 2 de janeiro de 2007, com a morte do ex-presidente Gerald Ford. 

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1. Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram em forte alta nesta segunda-feira após os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, concordarem com uma trégua na guerra comercial entre os países. 

A pausa temporária entre China e Estados Unidos também influencia positivamente os negócios na Europa, onde as bolsas sustentam ganhos de mais de 2%. 

O desempenho também é positivo no mercado de commodities, com alta de quase 2% do minério de ferro e de mais de 4% no petróleo, após o insumo registrar a pior semana em um década no fim de novembro. Com relação ao petróleo, a disparada após pior semana em uma década também ocorre depois que os líderes da Rússia e Arábia Saudita, também reunidos no G-20, terem ampliado um pacto para controlar os preços no mercado – embora os dois países ainda não tenham confirmado novos cortes de produção.

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Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h58 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) +1,84%

*Dow Jones Futuro (EUA) +2,06%

*Nasdaq Futuro (EUA) +2,63%

*DAX (Alemanha) +2,47%

*FTSE (Reino Unido) +2,15%

*CAC-40 (França) +2,00%

*FTSE MIB (Itália) +2,14%

*Hang Seng (Hong Kong) +2,55% (fechado)

*Xangai (China) +2,57% (fechado)

*Nikkei (Japão) +1,00% (fechado)

*Petróleo WTI +4,69%, a US$ 53,32 o barril

*Petróleo brent +4,27%, a US$ 62 o barril

*Bitcoin US$ 3.983,88 -4,04%
R$ 15.700 -3,14% (nas últimas 24 horas)

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +1,76%, a 463,00 iuanes (nas últimas 24 horas) 

2. Agenda econômica da semana

Em busca de mais pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos, os investidores acompanharão com atenção a divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano. Na quarta-feira (5) serão conhecidos os números do ADP, indicador que mede o número de trabalhadores não-rurais atualmente empregados. O dado é uma espécie de prévia do relatório mensal do mercado de trabalho, que será publicado na sexta-feira (7). 

Segundo estimativas da Rosenberg Associados, a economia norte-americana deve ter mantido a taxa de desemprego em 3,7% em novembro – no menor nível em quase cinco décadas. O ritmo de geração de postos de trabalho segue com média em 12 meses ao redor de 200 mil. Em novembro, a Rosenberg estima a geração de 205 mil vagas ante 250 mil postos de trabalho em outubro.

A inflação de salários tem ficado abaixo do nível observado antes da crise de 2008, a despeito da aceleração observada nos últimos meses, e deve mostrar alta de 0,3% no valor por hora trabalhada ante 0,2% no mês anterior. 

Na cena doméstica, atenção para a produção industrial de outubro, na segunda-feira (3), e a produção de veículos em novembro, divulgada na quinta-feira (6) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), relativo ao mês de novembro será divulgado na sexta-feira (7) e deverá apresentar deflação de 0,13% no mês e inflação de 4,13% no acumulado dos últimos 12 meses, aponta a Rosenberg.

3. China e EUA

Os presidentes dos países, Donald Trump e Xi Junping, concordaram em não aplicar tarifas adicionais em suas exportações, dando uma trégua na guerra comercial que se arrasta há semanas e colocava pressão nos mercados financeiros.

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Com o acordo fechado durante o G-20, ocorrido no fim de semana na Argentina, os Estados Unidos suspenderam o aumento das tarifas para 25% sobre os US$ 200 bilhões em bens chineses que entrariam em vigor em 1 de janeiro. Em contrapartida, a China se comprometeu a aumentar suas compras do mercado norte-americano de produtos agrícolas, energéticos e industriais. Não foi fechado um valor específico.

A pausa terá duração de 90 dias, período em que China e Estados Unidos tentarão resolver suas divergências comerciais em novas negociações. A Casa Branca também informou que os países irão tratar nas próximas semanas de negociações que incluem, além da parte comercial, transferência de tecnologia, propriedade intelectual, barreiras não-tarifárias, roubo cibernético e agricultura.  

Se não chegarem a um acordo comercial dentro de 90 dias, os países concordaram com o aumento da alíquota de impostos dos EUA para os produtos chineses de 10% para 25%. 

4. Noticiário político 

O critério de escolha de ministros e o modelo de articulação política adotado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), devem fazer com que o próximo governo entre em campo com uma coalizão instável no Congresso, informa o jornal Folha de S. Paulo. Metade dos principais partidos do país diz que pretende colaborar com o presidente eleito, mas só 3 das 15 maiores siglas da Câmara dos Deputados dizem estar dispostas a integrar oficialmente a base governista.

A relação entre esses partidos e o novo governo indica que Bolsonaro terá um núcleo enxuto de sustentação política. Para aprovar projetos de seu interesse, o presidente eleito dependerá também de siglas que têm simpatia por sua agenda, mas permanecem em órbitas afastadas.

A equipe de reportagem da Folha consultou os presidentes, dirigentes e líderes dos 15 maiores partidos da Câmara. Além do PSL de Bolsonaro, apenas DEM e PTB discutem uma adesão formal à base aliada do próximo governo.

Paulo Guedes cancelou uma viagem que faria à Europa nesta semana por motivos de saúde, ainda segundo a Folha de S.Paulo. O futuro ministro da Economia de Jair Bolsonaro está afônico e com febre alta e deverá ficar de repouso para tratar uma infecção.

5. Noticiário corporativo

A JBS está fazendo planos para retomar aquisições e abrir o capital da companhia nos Estados Unidos. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, após vender diversos ativos para reduzir dívidas nos últimos 18 meses, a companhia voltou a analisar aquisições, desta vez complementares à sua linha de negócios.

A Suzano está oferecendo a seus clientes a possibilidade de travar o preço da celulose em 2019. De acordo com o presidente da companhia Walter Schalka, que conversou com o Valor Econômico, o objetivo é oferecer maior previsibilidade de preços após o fechamento da fusão com a Fibria, podendo travar os valores na cotação de referência atual, também com desconto fixo.

A BB Seguridade concluiu a venda de participação em joint venture para a Mapfre. A conclusão do negócio deve liberar R$ 2,1 bilhões de necessidades de capital, montante que poderá ser distribuído aos acionistas.

A Cemig adquiriu na última sexta-feira (30) a totalidade das ações ordinárias da Rio Minas Energia (RME), acionista da Light, detidas pelo BB – Banco de Investimento, BV Financeira e Santander Brasil. Segundo fato relevante, a companhia pagou R$ 659,4 milhões pelas ações ON da RME e quitou todos os seus compromissos com os bancos.

A Petrobras elevou na sexta, com validade para o último sábado, o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias em 2,21%, para R$ 1,5339. O preço do diesel, por sua vez, permanece em R$ 1,7984 até 15 de dezembro, conforme tabela disponível no site da empresa.

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De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), as vendas de gasolina no Brasil caíram 13,75% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado. O volume chegou a 3,05 milhões de metros cúbicos – menor nível dos últimos cinco anos pelo sétimo mês consecutivo, em meio a uma perda de competitividade nas bombas para o etanol hidratado.

Ainda no radar de Petrobras, a estatal antecipou o pagamento de US$ 500 milhões com o Bank of America que venceriam em 2023 e de US$ 850 milhões com o Intesa Sanpaolo que venceriam em 2022. Em comunicado, a companhia também informou que a BlackRock aumentou a sua participação na estatal para 5% de ações PN, “se qualificando como detentora de participação acionária relevante no capital social da companhia”.

A BR Distribuidora aprovou a distribuição de remuneração antecipada aos acionistas sob a forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) referente ao exercício de 2018, no montante bruto de R$ 563.795.476,5, correspondentes a R$ 0,48394461502. O pagamento será efetuado no dia 30 de abril de 2019, com base na posição acionária de 11 de dezembro de 2018.

A Marfrig concluiu a venda da subsidiária Keystone Foods para a norte-americana Tyson Foods pelo valor de US$ 1,4 bilhão. Com a venda, a Marfrig segue sua estratégia com foco no mercado global de carne bovina e reduz seu nível de alavancagem financeira.

Ainda no radar de Marfrig, a companhia fez uma oferta pelo segmento de bovinos da BRF na Argentina e pela produção de hambúrguer no Brasil. Pela proposta, a Marfrig forneceria hambúrguer para a BRF. Segundo o Valor Econômico, a proposta foi bem recebida na BRF, mas a operação ainda não foi fechada.

O Santander Brasil fez uma nova emissão de letras imobiliárias garantidas (LIG) no valor de R$ 153 milhões. As operações têm prazo de três anos, sem liquidez. Também em novembro, o Santander já havia emitido duas LIGs, no montante de R$ 24 milhões.

A Usiminas fará a partir de hoje uma parada programada de 11 dias de seu alto-forno nº 3 da usina de Ipatinga (MG), para fazer reparos no interior do equipamento para manutenção da segurança operacional e dos níveis de produção, além da melhoria do sistema de refrigeração. Segundo o jornal Valor Econômico, a obra terá um custo de R$ 55 milhões.

Segundo informa a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, um dos alvos do programa de privatizações do governo de Jair Bolsonaro deverá ser a BBDTVM. A empresa é a principal gestora de fundos de investimentos do Brasil, tendo patrimônio líquido de aproximadamente R$ 1 trilhão.

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