Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quinta-feira

Exterior positivo, balanços e resistência a superministérios de Bolsonaro estão no radar dos investidores

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O pregão de véspera de feriado nacional, quando os EUA divulgam seu relatório de emprego, pode impor alguma cautela aos investidores após o Ibovespa encerrar o mês de outubro no maior patamar desde fevereiro e com volume recorde de negócios, ambos decorrentes do rali eleitoral que deu o tom das sessões das últimas semanas. Do outro lado, o bom humor das bolsas globais pode ajudar a bolsa brasileira a renovar sua máxima histórica.

No âmbito político, os investidores acompanham com atenção a formação do governo de Jair Bolsonaro (PSL) que prevê uma reforma administrativa que unirá pastas em superministérios, situação que enfrenta resistência de diversos setores da economia, inclusive o capitaneado por Paulo Guedes. Vale destacar que, nesta quinta, o juiz federal Sérgio Moro se encontro com Bolsonaro, que deve dar detalhes do seu convite para ocupar o ministério da Justiça. Os investidores podem ver o “sim” do juiz como positivo, já que ele seria a primeira figura pública muito popular a aceitar um posto no futuro governo, o que pode facilitar a negociação com outros nomes para cargos econômicos

Veja no que ficar de olho nesta quinta-feira (1):

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1. Bolsas mundiais

As bolsas da Ásia iniciaram o mês de novembro majoritariamente em alta, com destaque para o índice chinês que avançou sustentado por indicadores econômicos acima das expectativas. 

As bolsas europeias operam em alta impulsionadas por dados fortes dos balanços corporativos. Os índices futuros em Wall Street à espera de resultados trimestrais de grandes empresas, com a Starbucks e a Apple.

Os preços do petróleo recuam em meio a sinais de aumento da oferta da commodity e menor confiança no crescimento das economias globais. 

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Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h58 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,52%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,55%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,47%

*DAX (Alemanha) +0,97%

*FTSE (Reino Unido) +0,24%

*CAC-40 (França) +0,43%

*FTSE MIB (Itália) +1,05%

*Hang Seng (Hong Kong) -1,06% (fechado)

*Xangai (China) +0,13% (fechado)

*Nikkei (Japão) +1,75% (fechado)

*Petróleo WTI -0,77%, a US$ 64,81 o barril

*Petróleo brent -1%, a US$ 74,29 o barril

*Bitcoin US$ 6.322,90 +0,04%
R$ 23.840 +1,79% (nas últimas 24 horas)

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -2,53%, a 519,50 iuanes (nas últimas 24 horas) 

2. Juros em 6,50%

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter pela quinta vez seguida a Selic em 6,50% ao ano, seguindo o que esperava a maior parte do mercado financeiro. A expectativa do mercado é que os juros permaneçam estáveis pelo menos até o final do ano.

A decisão vem em meio a um cenário mais confortável para os ativos domésticos após a turbulência eleitoral. Além disso, a taxa de câmbio mais baixa representa um risco menor para a eventual desancoragem das expectativas inflacionárias, num ambiente de atividade econômica ainda fraco e inflação sob controle. Desde a última reunião do comitê, em 19 de setembro, o dólar caiu cerca de 10%, chegando a romper o nível de R$ 3,70, com bom humor em meio à possibilidade crescente e depois por causa da eleição de Jair Bolsonaro.  

3. Agenda econômica e de balanços

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga às 9h (de Brasília) os dados da produção industrial relativos a setembro. A estimativa mediana da Bloomberg aponta crescimento de 1% ante agosto e de 0,8% em relação a setembro de 2017.

Já nos EUA, na véspera do payroll, os EUA divulgam pedidos seguro- desemprego, PMI Manufaturas e ISM durante a manhã. 

Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.

4. Noticiário político 

O juiz Sérgio Moro se encontro durante a manhã com o presidente eleito Jair Bolsonaro, que dará mais detalhes  do seu convite para ocupar o ministério da Justiça. Segundo o Estadão, Moro deve aceitar convite para ocupar a pasta; Folha diz que seria uma superpasta, incluindo ainda Segurança, Transparência e Coaf.

Juízes federais, dirigentes de associações de magistrados e ministros do Supremo avaliam que, ainda que Moro rejeite o convite para ser ministro, ele já “meteu os pés pelas mãos” ao sinalizar que considera a proposta e se dispor a viajar para falar com o presidente eleito. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o aceno de Moro pegou colegas do primeiro grau de surpresa e indignou membros de cortes superiores. O simples aceno ao cargo, dizem, deveria forçá-lo a abrir mão de diversos casos, como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O Ministério da Justiça não é o único a levantar polêmicas na transição do governo Bolsonaro. As propostas de reestruturação de ministérios de Bolsonaro colocou em alerta os principais setores da economia. Executivos de áreas tão diversas quanto agricultura, mineração, construção, energia, transportes, aviação, saneamento e boa parte dos segmentos da indústria passaram a quarta-feira (31) tentando sanar dúvidas sobre o pouco que já foi anunciado e desvendar especulações sobre o que ainda está por vir. A junção dos ministérios de Integração Nacional, Cidades e Turismo é um dos enigmas. Não houve anúncio formal sobre a união, mas a simples cogitação já preocupa, informa a Folha de S. Paulo.

Ao mesmo tempo em que sinaliza a intenção de votar a reforma da Previdência em tramitação na Câmara, Bolsonaro recebeu uma outra opção. Uma nova proposta chegou às mãos dos integrantes do atual e do futuro governo, segundo a Folha. Capitaneada pelo economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, com elaboração técnica coordenada pelo especialista na área Paulo Tafner, ela propõe uma revolução no sistema previdenciário.

5. Noticiário corporativo

A Petrobras assinou um acordo para venda de sua participação de 50% na joint-venture holandesa Petrobras Oil & Gas, que possui ativos na Nigéria, por um valor total de até US$ 1,53 bilhão. A participação foi vendida para a Petrovida Holding e os outros 50% do ativo pertencem ao BTG Pactual E&P, que manterá sua posição.

Ainda no radar da Peetrobras, o Senado brasileiro encerrou a sessão de votações na Casa sem apreciar o requerimento de urgência do projeto de lei da cessão onerosa. A votação deve ser retomada na próxima terça-feira (6). Se o requerimento for aprovado, o projeto de lei, por sua vez, pode ser votado na quarta-feira (7).

O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 5,471 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 13,7% na comparação com o resultado obtido no mesmo período de 2017. O lucro líquido contábil subiu 73,7%, para R$ 5,009 bilhões. Porém, no terceiro trimestre de 2017, o resultado foi influenciado por despesas não recorrentes com um programa de demissões voluntárias.

A Lojas Americanas registrou alta de 165% no lucro líquido atribuído aos controladores de julho a setembro, para R$ 61,4 milhões, em termos consolidados. A receita líquida consolidada da empresa atingiu R$ 3,93 bilhões, alta de 6,2%. As despesas operacionais passaram de R$ 870,4 milhões para R$ 1,018 bilhão no intervalo, alta de 17%.

A EDP Energias do Brasil teve lucro líquido de R$ 306,9 milhões no terceiro trimestre, salto de 119,1% ante um ano antes, refletindo ganho de mercado e menores perdas nas distribuidoras de energia e um avanço nas operações de comercialização.

A Engie Brasil teve lucro de R$ 475,4 milhões no terceiro trimestre, valor 33% maior do que um ano antes, com aumento nos volumes e preços de vendas de energia e a incorporação de novas usinas de geração ao portfólio.

B2W teve prejuízo líquido de R$ 105,8 milhões no terceiro trimestre, após resultado também negativo de R$ 88 milhões um ano antes, com alta de despesas com vendas e administrativas mais que ofuscando um crescimento da receita.

No terceiro trimestre, a Gol apurou uma receita operacional líquida de R$ 2,9 bilhões, alta de 8,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Ebitda recuou 23,2% em relação ao mesmo trimestre de 2017, para R$ 354,7. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 12,3%.

O Banco Inter registrou um lucro líquido de R$ 19,1 milhões no terceiro trimestre, um aumento de 83% na comparação anual. O banco atingiu a marca de 1 milhão de contas digitais, número 3,9 vezes maior que o apresentado no mesmo trimestre de 2017.

A Hering apresentou um lucro líquido de R$ 52,4 milhões no trimestre, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida aumentou 2,8%, atingindo R$ 385,5 milhões. O Ebitda da varejista ficou em R$ 67,37 milhões, aumento de 5,36%, e margem de 17,5%.

A SulAmérica registrou alta de 55% no lucro líquido no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017, totalizando R$ 234,6 milhões. As receitas operacionais também subiram (10,8%), atingindo R$ 5,3 bilhões.

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