Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quinta-feira

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (17)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Nesta quinta-feira, o mercado brasileiro deve reagir principalmente à decisão do Copom de manter a Selic em 6,50%, contrariando as previsões dos analistas e apostas que indicavam mais de 60% de chances de corte. Além disso, monitora o fim do prazo para o acordo governo-Petrobras sobre cessão onerosa, enquanto fica de olho nas falas dos presidentes regionais do Federal Reserve. Veja no que ficar de olho:

1. Bolsas mundiais

Os índices futuros americanos têm leve baixa, enquanto as ações europeias registram leves ganhos. Os rendimentos dos títulos americanos e europeus oscilam, com taxa dos treasuries de 10 anos passando de 3,1% na máxima, ainda refletindo sólidos dados nos EUA divulgados na véspera.

Já na Europa, o dia é de leves ganhos, com os mercados de olho principalmente na temporada de balanços. No mercado de commodities, o petróleo também testa novas máximas, com o brent perto dos US$ 80; vale destacar análise do Goldman Sachs de que a produção do xisto nos EUA será insuficiente para compensar a queda potencial dos embarques do Irã. Já o cobre e o níquel sobem em Londres.

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Às 8h09 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,16%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,08%

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*Nasdaq Futuro (EUA) -0,36%

*DAX (Alemanha) +0,26%

*FTSE (Reino Unido) +0,15%

*CAC-40 (França) +0,37%

*FTSE MIB (Itália) -0,35%

*Hang Seng (Hong Kong) -0,13% (fechado)

*Xangai (China) -0,54% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,53% (fechado)

*Petróleo WTI +0,84%, a US$ 72,09 o barril

*Petróleo brent +0,78%, a US$ 79,90 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -0,41%, a 483 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.326,24 -0,55%
R$ 31.307 -1,41% (nas últimas 24 horas)

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2. Surpresa com Copom

Após a recente reversão do cenário externo, com a valorização do dólar em relação a diversas moedas de países emergentes – como o Brasil -, os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiram na noite de ontem, por unanimidade, manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano. A decisão interrompeu a trajetória de 12 cortes consecutivos na taxa Selic que a levou nível mais baixo da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

Para abertura dos mercados hoje, analistas esperam que a moeda brasileira tenha desempenho melhor do que outras emergentes, além da redução da inclinação da curva de juros, com abertura na ponta curta e fechamento da longa. 

Em teleconferência, o economista-chefe do Santander, Maurício Molon, afirmou que a ação da autoridade monetária visou não adicionar mais volatilidade em um mercado já agitado. Confira a análise completa clicando aqui. 

3. Agenda econômica

Após o Copom surpreendente, nesta quinta, o destaque da agenda econômica fica para os dados da Pnad regional do primeiro trimestre.

Na agenda do presidente do Banco Central, Ilan Golfajn, há reunião com Alexandre Tombini, diretor do FMI, no Edifício-Sede do BC em Brasília, para tratar de assuntos institucionais, às 9h; o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, também reúne-se com Tombini, às 11h. As agendas de diretores do BC mencionam ainda reunião de abertura da missão de avaliação anual do Artigo IV, com representantes do FMI, das 9h às 10h. 

Nos EUA, o presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, fala às 11h e o presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, fala às 14h30. Às 9:30, os EUA divulgam pedidos de seguro- desemprego; às 11h, saem indicadores antecedentes de abril. 

4. Notícias do dia

As costuras eleitorais ganham forças e, após a desistência de Joaquim Barbosa de se candidatar pelo PSB, a legenda decidiu descartar aliança formal com o PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o PSDB do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, afirma o Valor Econômico. Na mesa estão duas opções: aliança com outro candidato – o mais provável é Ciro Gomes (PDT) – ou ficar neutro nacionalmente.

Já a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, aponta para a tese dos principais estrategistas de Alckmin de que a negociação entre ele e Michel Temer para a campanha de 2018 deveria passar pela garantia de um cargo para o atual presidente num eventual futuro governo. Ainda sobre Alckmin, após críticas ao PSDB, o economista Edmar Bacha aceita atuar na campanha do ex-governador e será anunciado nesta quinta como o responsável por comércio exterior na campanha do tucano, diz o mesmo jornal. 

5. Noticiário corporativo

A quinta-feira é um dia importante para a Petrobras, com a data limite para a resolução do acordo de cessão onerosa entre a estatal e a União. Contudo, segundo o Estadão, apesar de o prazo terminar nesta quinta, é possível que o relatório da comissão não seja concluído. Não há ainda definição dos valores a serem quitados entre as partes. Enquanto o acordo não acontece, a Câmara aprovou a MP que permite venda direta do petróleo por estatal do pré-sal.

Já a Coluna do Broad, há quem cogite na equipe econômica a possibilidade de retomar a abertura de capital das operações de seguros da Caixa Econômica Federal, concentradas na Caixa Seguridade, antes mesmo das eleições presidenciais no Brasil. 

(Com Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.