Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quarta-feira

Pesquisas eleitorais, ata do Fomc e mau humor externo estão no radar dos investidores

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Após uma sessão de otimismo generalizado nos mercados globais na véspera, o clima é de cautela no exterior à espera de sinais sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos com a ata do Fomc e a temporada de balanços. Por aqui, o mercado aguarda novas pesquisas eleitorais com a expectativa de confirmação de larga vantagem do candidato Jair Bolsonaro (PSL), além de dados do IBC-Br e o vencimento de opções sobre Ibovespa.

Confira os destaques desta quarta-feira (17): 

1. Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram em alta seguindo o bom humor generalizado da véspera nos mercados globais. Já na Europa, a maior parte dos índices opera em queda com as ações de montadoras pesando diante da baixa nas vendas. 

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Os índices futuros de Wall Street apontam para uma abertura em patamar negativo após o Dow Jones saltar mais de 500 pontos na véspera.

Os preços do petróleo caem, mas se mantém acima de US$ 71 após dado mostrar baixa inesperada de estoques nos EUA. O cobre sobe e o níquel recua em Londres.

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Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h57 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,25%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,30%

*Nasdaq Futuro (EUA) -0,24%

*DAX (Alemanha) -0,41%

*FTSE (Reino Unido) +0,10%

*CAC-40 (França) -0,11%

*FTSE MIB (Itália) -0,36%

*Hang Seng (Hong Kong) +0,60% (fechado)

*Xangai (China) +0,07% (fechado)

*Nikkei (Japão) +1,29% (fechado)

*Petróleo WTI -0,56%, a US$ 71,52 o barril

*Petróleo brent -0,36%, a US$ 81,12 o barril

*Bitcoin US$ 6.517,56 +0,06%
R$ 24.395 -0,43% (nas últimas 24 horas)

2. Pesquisas eleitorais

Os investidores acompanham com atenção a divulgação de novas pesquisas eleitorais. Às 15h (de Brasília) serão publicados os números do Instituto Paraná Pesquisas e o Datafolha divulga sua nova sondagem após o fechamento dos mercados. Vale destacar que, no último Ibope, Bolsonaro tinha 59% dos votos válidos, uma larga vantagem ante os 41% de Fernando Haddad. 

3. Agenda econômica

No exterior, atenção para a ata do Fomc será divulgada às 15h (de Brasília). Os investidores buscarão por pistas sobre os rumos das taxas básicas de juros nos Estados Unidos.

Antes disso, às 8h30, o Banco Central divulga o IBC-BR, índice que é referência mensal para o PIB e que deve ter mostrado aumento de 0,20% em agosto na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após avançar 0,57% no mês anterior.

4. Noticiário político

Em entrevista ao SBT, Jair Bolsonaro (PSL) disse que não haverá  “cavalo de pau” na economia no primeiro ano de seu governo, caso seja eleito. A declaração foi dada à Rede SBT ao ser indagado sobre o que fará para diminuir o número de cerca de 13 milhões de desempregados no país. “Não tem resposta imediata. Nós temos de facilitar a vida de quem produz para [que possa] dar emprego”, avaliou o candidato. 

A perspectiva de que Bolsonaro está perto da vitória reduziram as resistências ao candidato na cúpula das Forças Armadas, segundo informações da Folha de S. Paulo.

Aliados de Bolsonaro projetam um número maior de votos nulos e abstenções no segundo turno, o que elevaria o patamar de votos válidos para ele a um índice superior ao indicado pelas pesquisas até agora, que é de 59%. Do lado petista, a percepção é de que a eleição já está praticamente perdida, informa a Folha. A última cartada seria gravar depoimentos de pessoas que foram vítimas de agressões atribuídas a apoiadores de Bolsonaro e exibir na propaganda eleitoral de Fernando Haddad. 

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Enquanto os candidatos travam batalhas diárias, segmentos da sociedade se pronunciam sobre a eleição que terá desfecho em 28 de outubro. Um grupo de mais de mil advogados e juristas, entre eles ex-ministros, magistrados, procuradores, professores de direito e expoentes do universo jurídico brasileiro assinaram um manifesto em defesa da candidatura Haddad. O documento será apresentado em um ato na quinta-feira (18) e, sem citar Bolsonaro, o apoio a Haddad é justificado contra a “violência física ou simbólica”. 

A eleição brasileira tem ganhado forte repercussão internacional e o autor do best-seller “O Capital no século XXI”, Thomas Piketty, decidiu dar sua opinião sobre o cenário político brasileiro, criticando o candidato Jair Bolsonaro (PSL) e dizendo que sua vitória seria uma “regressão terrível para o País”. Em seu blog no jornal francês Le Monde, o economista disse que Bolsonaro não gosta de pobres e é contra políticas sociais. “Ele surfa na nostalgia da ordem do homem branco, em um país onde os brancos não são mais maioria”, diz Piketty em seu artigo.

Empresas também têm se manifestado. Após Bolsonaro criticar a forte presença de empresas chinesas na geração de energia no país, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse que um embate entre Brasil e China “não é bom para ninguém, não é bom para a Vale”. “A China não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil”, afirmou ele, em entrevista à TV Bandeirantes.

No Parlamento Europeu, um manifesto contra a eleição de Bolsonaro começou a circular na terça-feira (16) em busca de assinaturas dos eurodeputados. Representantes de cinco das sete bancadas se reuniram para defender uma posição contrária clara diante do candidato. “Não estamos defendendo uma intervenção ilegítima no Brasil. Estamos apenas manifestando nossa posição crítica em relação à possibilidade de que vença uma figura que representa posições proto-fascistas”, afirmou o eurodeputado português Francisco Assis, do bloco socialista, à DW, durante o evento de lançamento do manifesto Democracia brasileira em risco, em Bruxelas.

Também em entrevista à DW, presidente do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro falou sobre as perspectivas para a cooperação entre Brasil e Alemanha após o segundo turno da eleição. Apesar de os dois países cultivarem laços há décadas, a relação entre Brasil e Alemanha esfriou nos últimos dois anos. As eleições geraram uma expectativa de mudança nesse cenário, mas, para a presidente do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro no Bundestag (Parlamento alemão), a deputada Yasmin Fahimi, uma possível eleição de Bolsonaro pode impedir uma retomada da parceria estratégica. “Do lado alemão, não vejo nenhuma base para uma parceria estratégica com um presidente Bolsonaro”, disse.

5. Noticiário corporativo

Romeu Zema (Novo), líder das pesquisas para governador de Minas Gerais, recua em propostas de privatizações das estatais mineiras em entrevista ao G1. “Eu havia mencionado que nós tínhamos como plano privatizar a Cemig, a Copasa, etc, mas hoje essas empresas estão mal gerenciadas, com valor de mercado muito pequeno e nós não vamos vender nada barato”, disse Zema. “Bem lá na frente pode até privatizar, mas talvez nem seja necessário”, acrescentou. 

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O Senado rejeitou o projeto de lei que trata sobre a privatização de distribuidoras da Eletrobras. O Carrefour Brasil divulgou que suas vendas brutas, ex-gasolina, cresceram 8,3% no terceiro trimestre. A Vale projeta fluxo de caixa livre de US$ 10 bilhões  em 2018. Os lançamentos da Cyrela somam R$ 918 milhões no terceiro trimestre, aumento de 72,7% na comparação anual, e a EZTec registrou vendas líquidas de R$ 121,4 milhões no período. 

(Com Bloomberg e Agência Brasil)

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