Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quarta-feira

Cautela antes de feriado e reuniões do governo de transição devem pautar o humor do investidor em meio a quedas nas bolsas globais

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O pregão da véspera do feriado nacional de Proclamação da República, em que a Bolsa brasileira estará fechada, deve ser de cautela em meio a pressão no mercado de petróleo e bolsas internacionais em baixa.

Por outro lado, esse cenário é contrabalanceado por notícias sobre possibilidade de aprovação da reforma da Previdência ainda neste ano e uma agenda intensa do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em Brasília. 

Veja no que ficar de olho nesta quarta-feira (14):

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1. Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram, em sua maior parte, em queda com os índices pressionados pelos preços do petróleo que recuaram pelo 12º dia consecutivo. Dados da China sobre a produção industrial superaram as expectativas do mercado, enquanto o varejo deixou investidores frustrados com seu desempenho em outubro.

As ações europeias também recuam de olho no valor do petróleo e nas discussões sobre o Brexit. 

No mercado de commodities, o petróleo tem leve recuperação após despencar 7,1% na última sessão em meio a preocupações com o aumento da oferta e desaceleração econômica global.

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Foi a maior perda em um único dia em mais de três anos, após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump dizer que Arábia Saudita não deve cortar sua produção e com o alerta da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de que a demanda pelo produto está caindo rapidamente.

Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h54 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) -0,33%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,27%

*Nasdaq Futuro (EUA) -0,26%

*DAX (Alemanha) -1,10%

*FTSE (Reino Unido) -0,87%

*CAC-40 (França) -1,03%

*FTSE MIB (Itália) -1,44%

*Hang Seng (Hong Kong) -0,54% (fechado)

*Xangai (China) -0,85% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,16% (fechado)

*Petróleo WTI +1,10%, a US$ 56,30 o barril

*Petróleo brent +1,56%, a US$ 66,49 o barril

*Bitcoin US$ 6.245,30 -0,64%
R$ 24.100 +0,37% (nas últimas 24 horas)

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -0,78%, a 512,00 iuanes (nas últimas 24 horas)

2. Agenda do dia

No exterior, destaque para os dados da inflação ao consumidor de outubro dos Estados Unidos. A estimativa é de aceleração na base mensal para 0,3% e alta de 2,5% na comparação anual. Além disso, atenção também para os discursos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, às 21h (de Brasília). Sua fala ocorre após sinal do Fomc desta semana, de que segue em seu curso para elevar a taxa de juros em dezembro.

Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

3. Previdência ainda em 2018?

Antes resistente à votação da reforma da Previdência, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), sinalizou que há brechas para que a proposta ande no Congresso ainda neste ano. A mudança de postura foi verbalizada logo após o senador ter recebido na residência oficial do Senado o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. 

“Da nossa parte, não há nenhuma indisposição, nenhum interesse de atrapalhar o governo. Pelo contrário, atrapalhar o governo é atrapalhar o Brasil e nós queremos que o Brasil avance”, disse Eunício, ao final do encontro.

Eunício afirmou que o presidente Michel Temer poderia suspender a intervenção federal no Rio de Janeiro, liberando o Congresso para analisar a reforma. Pelas regras atuais, uma proposta que altere a Constituição Federal não pode ser analisada pelos parlamentares enquanto uma intervenção estiver em vigor em algum estado do País.

4. Noticiário político

Jair Bolsonaro segue em Brasília e tem uma agenda intensa. Ele toma café da manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está na disputa à reeleição para comandar a Casa na próxima legislatura, e que conduz uma série de votações ainda este ano.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que a equipe de transição do novo governo quer evitar a aprovação no Congresso das chamadas pautas-bomba, como aquelas que podem aumentar as despesas para a administração federal. O assunto deve ser tratado entre Bolsonaro e Maia.

Bolsonaro também participa da reunião com os governadores eleitos e reeleitos, no CICB (Centro Internacional de Convenções do Brasil). Até ontem dos 27 governadores, 18 confirmaram presença. Haverá um almoço com o presidente eleito e parte de sua equipe, incluindo Paulo Guedes, que assumirá o Ministério da Economia, e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Eunício confirmou que a solenidade de posse de Bolsonaro foi antecipada em duas horas e ocorrerá às 15h, em 1º de janeiro. Segundo ele, a mudança foi para atender a um pedido do próprio presidente eleito.

Noticiário negativo sobre o passado de membros de seu governo também estão no radar. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, uma planilha entregue por delatores da JBS à PGR (Procuradoria-Geral da República) sugere que o futuro ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), recebeu via caixa dois uma segunda doação eleitoral, por ele não admitida até agora.

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No ano passado, o congressista confessou ter obtido da empresa, para a campanha de 2014, R$ 100 mil não declarados à Justiça Eleitoral. O documento agora revelado mostra que ele recebeu outros R$ 100 mil em 2012. 

5. Noticiário corporativo

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, disse que, se o futuro governo quiser, ele está disposto a permanecer no cargo para prosseguir com o processo de recuperação da companhia. O executivo, acrescentou, no entanto, que não houve um convite oficial e lembrou que a reestruturação da companhia tem avançado.

O Conselho da Guararapes aprovou a conversão de ações PN em ações ON. A conversão será na proporção de 1 ação preferencial para 1 ação ordinária. Segundo a companhia, a operação será submetida à aprovação dos acionistas detentores de ações ON e assembleia geral extraordinária (AGE) e dos acionistas detentores de ações PN em assembleia geral especial.

A Totvs apurou uma receita líquida de R$ 589,6 milhões no terceiro trimestre, valor acima das maiores projeções compiladas pela Bloomberg. O lucro líquido, por sua vez, ficou em R$ 36,7 milhões. O ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês) somou R$ 89,5 milhões no trimestre.

A SLC Agrícola registrou um lucro líquido de R$ 35,6 milhões entre julho e setembro deste ano. A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 408,5 milhões. No trimestre, o Ebitda ajustado foi de R$ 88,3 milhões, com margem Ebitda ajustada de R$ 21,6%.

A JBS apurou uma receita líquida de R$ 49,40 bilhões, abaixo dos R$ 49,65 bilhões estimados pelo mercado. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou R$ 4,40 bilhões.

A Marisa teve um prejuízo líquido de R$ 53,1 milhões no terceiro trimestre deste ano. No período, a companhia somou um Ebitda de R$ 24,3 milhões.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, é improvável que o atual presidente do Banco do Brasil, Marcelo Labuto, continue no cargo e uma decisão sobre o assunto é esperada em breve. 

O CEO do Bradesco, Octavio de Lazari, disse que banco elevará os empréstimos em ao menos 10% em 2019 dada a expectativa com economia no novo governo. 

A BR Malls teve um lucro líquido ajustado de R$ 123,4 milhões no terceiro trimestre deste ano. A receita líquida ficou em R$ 312,8 milhões e a taxa de ocupação nos shopping centers foi de 96,3%. No período, o ebitda ajustado somou R$ 222,9 milhões, com margem ebitda ajustada de 71,2%.

A Brasil Brokers registrou um prejuízo líquido de R$ 13 milhões no terceiro trimestre deste ano. A receita líquida foi de R$ 25,2 milhões e o Ebitda veio negativo, em R$ 10,9 milhões.

A Helbor teve um prejuízo líquido de R$ 129,3 milhões entre julho e setembro deste ano. No período, a companhia registrou uma receita líquida operacional de R$ 61,7 milhões e uma dívida líquida de R$ 1,63 bilhões. O Ebitda veio negativo no trimestre, em R$ 133,4 milhões, com margem de 216,2%.

(Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

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