Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quarta-feira

Otimismo generalizado com guerra comercial aparentemente perto do fim e encaminhamento da reforma da Previdência vão movimentar os negócios hoje

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Depois de superar os 92 mil pontos no fechamento do pregão, atingindo nova máxima histórica, o Ibovespa deve testar patamares ainda mais elevados diante do otimismo generalizado que toma conta dos mercados internacionais hoje com otimismo sobre o diálogo entre EUA e China. 

Os ventos domésticos também são favoráveis, com o aceno a uma reforma da Previdência mais robusta do que o sinalizado por Jair Bolsonaro dias atrás, o que deve agradar aos investidores. 

Veja no que ficar de olho nesta quarta-feira (9):

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1. Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram em alta movidas pelas expectativas otimistas com o desfecho da guerra comercial entre China e Estados Unidos. As negociações em Pequim de representantes dos dois países encerraram nesta quarta-feira (9), um dia depois do esperado, e as autoridades envolvidas disseram que os detalhes serão divulgados em breve. 

Além disso, influenciou positivamente o fato de a China planejar medidas para estimular o consumo de automóveis e de eletrodomésticos e o governo central do país avisou que ampliará investimentos em infraestrutura.

O otimismo anima as bolsas europeias, que também sobem, mas os investidores seguem de olho no Brexit. A primeira-ministra britânica, Theresa May, sofreu uma derrota no Parlamento ontem. Parlamentares contrários à saída do Reino Unido da União Europeia sem um acordo venceram uma votação, criando mais um obstáculo para um Brexit sem acordo.

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Os índices futuros dos Estados Unidos também sobem com o otimismo global. Na noite de ontem, o presidente Donald Trump fez um pronunciamento oficial defendendo a construção do muro na divisa com o México, impasse que mantém uma queda de braço entre o governo e os democratas no Congresso e resultou no “shutdown”, com a paralisação do financiamento de diversos serviços públicos que já chega ao seu 19º dia. 

Trump disse que há uma crise humanitária e de segurança na fronteira e apelou: “quanto sangue americano terá que ser derramado até que o Congresso aprove?”. A maioria da Câmara dos Estados Unidos é democrata e se posiciona contra a construção do polêmico muro. 

O maior apetite ao risco global influencia também o mercado de commodities e os preços do petróleo também operam em alta. O dólar cai em relação a maior parte de seus pares.

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Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h55 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,40%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,42%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,46%

*DAX (Alemanha) +1,28%

*FTSE (Reino Unido) +0,96%

*CAC-40 (França) +1,35%

*FTSE MIB (Itália) +1,25%

*Hang Seng (Hong Kong) +2,27% (fechado)

*Xangai (China) +0,71% (fechado)

*Nikkei (Japão) +1,10% (fechado)

*Petróleo WTI +2,19%, a US$ 50,87 o barril

*Petróleo brent +1,92%, a US$ 59,85 o barril

*Bitcoin US$ 4.001 -0,06%
R$ 15.111 +0,29% (nas últimas 24 horas)

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -0,58%, a 510,00 iuanes (nas últimas 24 horas) 

2. Reforma da Previdência

O governo deve enviar ao Congresso em fevereiro uma proposta de reforma da Previdência mais robusta, com alterações sobre o atual regime das aposentadorias, mas também com a criação de um novo modelo capitalização para os trabalhadores que ainda entrarão no mercado de trabalho. 

Os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes, sinalizaram que a visão da equipe econômica de uma reforma mais duradoura deve prevalecer na versão que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro na próxima semana.

Bolsonaro ainda vai bater o martelo sobre o desenho final, e a equipe econômica ainda terá de convencê-lo de que o Congresso Nacional é capaz de digerir a proposta de uma reforma mais dura e de longo prazo. Na semana passada, o presidente havia acenado com uma proposta mais “light”, apenas para seu mandato, o que gerou apreensão entre economistas, uma vez que não representaria uma solução definitiva para o grave desequilíbrio nas contas públicas.

Nesta manhã, o presidente confirmou a revogação da adesão do Brasil ao Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular. Na sua conta no Twitter, ele afirmou que a iniciativa foi motivada para preservação dos valores nacionais. “O Brasil é soberano para decidir se aceita ou não migrantes”, disse o presidente. “Não ao pacto migratório.”

3. Agenda econômica

Dia de agenda esvaziada no Brasil. No exterior, a ata do Federal Reserve será divulgada às 17h (de Brasília) e o investidor buscará pistas sobre os bastidores da decisão unânime de elevar os juros em dezembro. Recentemente, o presidente do Fed, Jerome Powell sinalizou uma visão mais branda para a política monetária e despertou otimismo nas bolsas diante da desaceleração das maiores economias do mundo. 

Clique aqui para conferir a agenda completa de indicadores.

4. Noticiário político 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que a medida provisória antifraudes em benefícios previdenciários e assistenciais será enviada nesta quarta-feira (9) para o presidente Jair Bolsonaro. Guedes voltou a dizer que o efeito fiscal da medida deve ficar entre R$ 17 bilhões e R$ 20 bilhões por ano – inclusive 2019.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os ministros confirmaram que a proposta da reforma da Previdência será apresentada a Bolsonaro na próxima semana e deve ser enviada ao Congresso – junto com a criação de um novo modelo de capitalização – em fevereiro.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o decreto que flexibiliza a posse de armas de fogo deve estar pronto na próxima semana. O assunto foi tratado pelo presidente durante reunião ministerial ontem no Palácio do Planalto.

Outros temas seguem a todo vapor no governo de Bolsonaro. Sua equipe estuda mudar o modelo de concessão de rodovias federais. Segundo a Folha de S. Paulo, em vez de exigir pedágios mais baratos, o Ministério de Infraestrutura avalia cobrar outorgas bilionárias nos próximos leilões.

O sistema, semelhante ao adotado pelos governos tucanos no estado de São Paulo desde os anos 1990, abandonaria as concessões que privilegiavam o critério de menor pedágio, que vigorava nas administrações Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e que sofreram críticas pela inviabilidade econômica que demonstraram na prática.

Caso a proposta vá adiante, o dinheiro arrecadado abastecerá um fundo rodoviário nacional com o objetivo de implementar melhorias e duplicações nas demais vias para que também sejam concedidas.

5. Noticiário corporativo

A Petrobras fechou um contrato de compra e venda de gás natural com a BR Distribuidora no valor de R$ 2 bilhões, com prazo de 730 dias.

A Engie espera retomar neste ano as negociações com a Petrobras para a aquisição da TAG (Transportadora Associada de Gás), subsidiária da estatal dona de uma rede de gasodutos de aproximadamente 4,5 mil km de extensão nas regiões Norte e Nordeste do país. As informações são do jornal Valor Econômico.

O atual diretor-presidente da gestora de recursos do Banco do Brasil, BB DTVM, Carlos André, deve permanecer no cargo, segundo a coluna Broadcast, do jornal o Estado de S. Paulo. Dentre as funções do executivo está a de tocar uma possível abertura de capital da asset nos moldes da BB Seguridade. 

O conselho de administração da Copel elegeu Daniel Pimentel Slaviero como novo diretor-presidente, Eduardo Vieira de Souza Barbosa como diretor jurídico e de relações institucionais e David Campos como diretor-adjunto.

As ações do Itaú, foram rebaixadas de ‘outperform’ a ‘neutro’ pelo analista Luis Fernando Azevedo, do Safra. O preço-alvo dos papéis foi elevado de R$ 34 para R$ 38,50, o que implica em um potencial de alta de 2,6% em relação ao último fechamento.

Também o Safra rebaixou a ‘neutro’ a Itaúsa, antes classificada como ‘outperform’. O preço-alvo foi elevado de R$ 12,20 para R$ 14, o que implica em um potencial de alta de 8,7% em relação ao último fechamento.

A Taurus Armas, nova denominação da Forjas Taurus, aprovou ontem um acordo preliminar para encerrar a ação judicial proposta nos EUA envolvendo supostos defeitos apresentados em modelos de revólveres. A proposta do acordo envolve custos estimados entre US$ 7,1 milhões e US$ 7,9 milhões.

A Guggenheim iniciou a cobertura das ações da Cielo com recomendação ‘neutra’.

A BB Seguridade teve a recomendação rebaixada a ‘neutra’ pelo analista Domingos Falavina, do JP Morgan. O preço-alvo também foi rebaixado, de R$ 29 para R$ 28, implicando um potencial de alta de 1,7% em relação ao último fechamento

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

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