Os 5 assuntos que vão agitar o pregão desta sexta-feira

Nesta sexta será de bom tom se manter atento ao movimento das bolsas asiáticas e europeias e para dados ou sinalizações de estímulo da segunda maior economia do mundo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa caiu novamente na quinta, mostrando a força do cenário externo e, principalmente, do noticiário da China. Nesta sexta-feira (8) será de bom tom se manter atento ao movimento das bolsas asiáticas e europeias, que tem um dia de alívio. No agenda de indicadores, teremos a inflação de dezembro e no noticiário político o mercado deve repercutir a defesa que a presidente Dilma Rousseff fez da reforma previdenciária. 

Veja os 5 assuntos que vão o dar o que falar no pregão desta sexta: 

1. Bolsas mundiais
Após a turbulência da véspera, o dia é de alívio para a maior parte das bolsas mundiais, após o fim do circuit breaker. Os principais índices acionários da China recuperaram algum terreno nesta sexta-feira após Pequim suspender o mecanismo de “circuit breaker” que paralisou as operações duas vezes nesta semana, sendo considerado culpado pela exacerbação das vendas generalizadas do mercado que deveria limitar. Com o “circuit breaker” do mercado acionário desativado na quinta-feira, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 2,04%, para 3.361 pontos. O índice de Xangai teve alta 1,98%, para 3.186 pontos. Já o Nikkei teve queda de 0,39%. O pré-market dos EUA também é de ganhos, com o Dow Jones e o S&P futuros em alta superior a 1%, de olho no payroll, enquanto a Europa tem ganhos mais modestos, com o DAX e o FTSE com ganhos de 0,60%. Já o petróleo sobe após atingir o menor nível em 12 anos monitorando China; alguns metais também se valorizam, sem devolver queda recente.

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2. IPCA
Às 9h (horário de Brasília), sai o Índice de Preços ao Consumidor Amplo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A mediana dos economistas espera que o índice registre um avanço de 1,04% em dezembro, depois de subir 1,01% em novembro.  

3. Dilma defende reforma previdenciária
Em primeira entrevista de 2016, a presidente Dilma Rousseff defendeu que a idade de aposentadoria seja elevada. Ela disse ser um absurdo que a idade média com que as pessoas começam a se aposentar seja 55 anos. “Vamos encarar a reforma da Previdência”, afirmou, ressalvando que é preciso criar um período de “transição”. Segundo Dilma, a alteração pode ser feita pela fixação de uma idade mínima ou de um instrumento que misture idade com tempo de contribuição, como ocorreu com a fórmula 85/95 móvel — que é a soma da idade com tempo de contribuição para mulheres e homens.

4. Oposição quer inquérito para investigar Wagner
A liderança do PPS apresentará uma representação à PGR (Procuradoria-Geral da República) pedindo a abertura de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar a relação do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, com a empreiteira OAS. A companhia envolvida na Operação Lava Jato teria recebido ajuda de Wagner para negociar com liberação de pagamento com o Ministério dos Transportes em 2014. Também haveria tratativas envolvendo o financiamento de campanhas da eleição municipal de Salvador em 2012, época em que Wagner era governador da Bahia.   

5. Payroll nos EUA
Às 11h30, será divulgado o dado de emprego nos EUA.  Os empregadores dos Estados Unidos mantiveram um ritmo razoavelmente forte de contratações em dezembro, sugerindo que a recente forte desaceleração liderada pela indústria no crescimento econômico será temporária. A criação de vagas fora do setor agrícola provavelmente chegou a 200 mil, pouco abaixo das 211 mil criadas em novembro, de acordo com pesquisa da Reuters junto a economistas. A taxa de desemprego deve ter se mantido na mínima de sete anos e meio de 5 por cento.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.