Os 4 motivos pelos quais a largada do 2º turno favoreceu Aécio, segundo a Arko

Ele está numericamente à frente da Dilma, lidera no maior número de regiões, foi quem mais cresceu, entre outros; porém, nada está definido

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas na noite de quinta-feira (9) mostraram um cenário bastante similar para a corrida presidencial. Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) aparecem com o mesmo patamar de intenção de votos: 51% para ele, 49% para ela, levando em consideração os votos válidos. Em termos de votos totais, Aécio tem 46% contra 44% para Dilma. Há 4% de eleitores dispostos a votar nulo ou em branco, enquanto outros 6% estão indecisos, segundo o Datafolha. 

E, apesar da disputa acirrada, a Arko Advice destaca que a largada favoreceu o candidato do PSDB pelos seguintes motivos: i) ele está numericamente à frente de Dilma; ii) lidera no maior número de regiões; iii) foi quem mais cresceu do 1º para o 2º turno, além de ter conquistado apoios importantes; e iv) tem o menor índice de rejeição. 

De acordo com o Ibope, Dilma é rejeitada por 41% dos entrevistados, enquanto Aécio o é por 33%. Ele também lidera no maior número de regiões: Sul (61% a 33%) e Sudeste (48% a 38%). No Norte/Centro Oeste, apesar do empate técnico, Aécio está numericamente à frente (46% a 43%). A única região em que Dilma está na frente de seu adversário é no Nordeste (59% a 32%).

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Tão importante quanto os percentuais das pesquisas é a conjuntura política, que hoje é mais favorável a Aécio Neves, embora ainda não tenha conseguido atrair Marina Silva”, destacam os cientistas políticos Murillo de Aragão, Cristiano Noronha e Carlos Eduardo. Aécio ainda conquistou os apoios do PSB, partido de Marina, PV (de Eduardo Jorge), PSC (do Pastor Everaldo) e o PPS, que integrava a chapa de Marina Silva.

A aproximação entre PSB e Aécio Neves significa um gesto simbólico importante, visto que com a exceção da campanha de 2002 e 2014, quando os socialistas tiveram candidatura própria, o partido sempre foi um histórico aliado do PT”, afirmam os cientistas políticos. Além disso, os tucanos consideram uma boa munição contra a presidente, após serem divulgados áudios divulgados em que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa detalhou a distribuição do esquema de propina para PT, PMDB e PP.

“A gravação vem em um momento-chave para o candidato da oposição”, afirma, destacando que o assunto certamente será explorado no debate da TV Bandeirantes. 

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Porém, ressaltam, apesar do momento favorável, a vantagem de Aécio não é definitiva. “O PSDB enfrentará uma candidata forte, que possui o poder da máquina sob seu controle. Nesta acirrada disputa, vencerá quem errar menos”.

Já o Barclays destaca que a parte significativa dos eleitores de Marina votariam em Aécio e são indiferentes ao apoio dela. O resultado deve ser definido na campanha e quem fazer os melhores ataques deve ganhar. “O maior desafio para a campanha de Dilma Rousseff é aumentar a rejeição de Aécio”, afirmam os analistas Bruno Rovai e Alejandro Grisanti. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.