Os 10 maiores riscos globais para 2015 – Dilma enfraquecida está entre eles

Dentre as situações de risco, estão a situação política da Europa, a Rússia, a desaceleração da economia chinesa, entre outros, destaca a consultoria Eurasia

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A consultoria de riscos políticos Eurasia Group destacou em relatório quais devem ser os 10 maiores pontos de tensão para o mundo em 2015. Dentre as situações de risco, estão a situação política da Europa, a Rússia, a desaceleração da economia chinesa, além dos imbróglios sobre a situação brasileira, com uma fraqueza política de Dilma Rousseff, dentre outros líderes.

Confira os 10 principais riscos para a economia global para 2015, segundo a Eurasia Group, de acordo com informações da Barron’s:

1. Europa: em meio à situação econômica complicada na Europa, os partidos políticos anti União Europeia ganham força, prejudicando o avanço das reformas necessários. A Rússia e grupos extremistas islâmicos adicionarão preocupação à segurança da Europa.

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2. Rússia: as sanções e os preços mais baixos do petróleo não vão forçar o presidente Vladimir Putin a reverter o curso na Ucrânia. Por outro lado, as sanções contra o país podem aumentar. Com a queda da economia da Rússia, as taxas de aprovação de Putin vão depender cada vez mais da sua vontade de enfrentar o Ocidente e as empresas e investidores ocidentais são os prováveis alvos.

3. Economia da China em desaceleração: os esforços ambiciosos de reforma econômica do presidente Xi Jinping exigirão uma transição em direção a um modelo econômico conduzido para o consumo, que requer uma mudança em direção a níveis mais baixos de crescimento. A desaceleração contínua provavelmente terá pouco impacto no interior do país, mas não traz alívio a quem depende da China.

4. Finanças como arma: para atingir os objetivos de política externa sem poderio militar, Washington usa as finanças como arma. Ele está usando o acesso aos mercados de capitais e variados tipos de sanções como ferramentas de diplomacia coercitiva. Mas essa estratégia vai prejudicar as relações com aliados, particularmente na Europa, e as empresas norte-americanas vão encontrar-se em fogo cruzado entre Washington e os estados sancionados.

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5. Grupos terroristas: os grupos extremistas islâmicos enfrentam reveses militares no Iraque e na Síra, mas o seu alcance ideológico pode se espalhar por todo o Oriente Médio e no Norte da África em 2015. Eles devem crescer organicamente através da criação de novas unidades no Iêmen, Jordânia e Arábia Saudita, e vão inspirar outras organizações jihadistas para se juntar suas fileiras. O risco para os estados vizinhos vai piorar.

6. Líderes fracos: o cansaço do eleitor com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, assim como a da Colômbia Juan Manuel Santos, Jacob Zuma da África do Sul, o da Nigéria, Goodluck Jonathan, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, levará com que eles enfrentem uma oposição determinada e obstáculos formidáveis para seguirem com as respectivas agendas políticas.

7. A ascensão de setores estratégicos: o sucesso e o fracasso para os negócios em 2015 dependerão cada vez mais dos governos, que estarão focados mais na estabilidade política do que do crescimento econômico, beneficiando as empresas que operam em harmonia com objetivos políticos e punir aqueles que não o fazem. Nos mercados emergentes, o estado já desempenha um papel mais importante na economia. 

8. Arábia Saudita versus Irã: A rivalidade entre Irã e Arábia Saudita irá conduzir a mais conflitos no Oriente Médio este ano. Washington e outras potências estrangeiras vão continuar relutantes em intervir e a ansiedade crescente sobre o resultado das negociações nucleares do Irã vai garantir que estes dois países tragam mais países do Oriente Médio em 2015. 

9. Taiwan e China: a turbulência política doméstica em Taiwan irá garantir com que as relações com o continente vão se deteriorar drasticamente este ano. Em particular, se Pequim determina que o envolvimento com Taipei falhou em trazer o progresso para a reunificação, Beijing provavelmente declinará de acordos comerciais e de investimento que já foram assinados a endurecer significativamente a sua retórica.

10. Turquia: o presidente Erdogan vai continuar atacando adversários políticos e tentar refazer o sistema político do país. Mas é improvável que ele ganhe os novos poderes que ele quer este ano, forçando mais lutas políticas, menos coerência política e imprevisibilidade política. Os refugiados da Síria e do Iraque vão injetar mais radicalismo na política do país e adicionar aos seus problemas econômicos.

Outras observações:
Reformas vão ajudar a China, Japão, Índia e evitar conflitos em movimento do mercado em 2015.
ISIS vai continuar a causar problemas e ganhar seguidores, mas o Estado islâmico pode ter dificuldades em se permanecer viável.
Os riscos são exagerados para a instabilidade nos estados exportadores de petróleo. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.