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SÃO PAULO – Liderados pelo senador Ronaldo Caiado (DEM), parlamentares da oposição buscam assinaturas para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue os empréstimos concedidos pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) durante a atual gestão. Entre os alvos de uma investigação estariam supostas irregularidades nos financiamentos à JBS (JBSS3) e à criação do porto de Muriel, em Cuba.
“O BNDES deixou de ser um banco de desenvolvimento econômico e social para se transformar em financiador dos amigos do rei. Não há transparência quanto ao termos e garantias dos empréstimos e vários indícios de ilicitudes”, afirma Caiado.
O objetivo dos oposicionistas é instalar uma CPI no Senado ou criar uma mista, com a participação das duas Casas Legislativas. Para o primeiro caso, seria necessário o apoio de 27 senadores, enquanto para o segundo, somaria-se a este mesmo número de membros do Senado, pelo menos 171 deputados.
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Além dos empréstimos à Odebrecht para a construção do porto cubano, os R$ 10 bilhões emprestados à Sete Brasil para a construção de nove sondas de perfuração. A companhia, que é uma das principais fornecedoras da Petrobras, foi citada na delação premiada de Pedro Barusco, ex-gerente-executivo da estatal, como empresa envolvida no pagamento de propinas. Barusco disse ter recebido cerca de R$ 50 milhões enquanto trabalhava na petroleira.