Oposição pede afastamento imediato de Graça Foster do comando da Petrobras

Opositores do governo protocolaram pedido com a alegação de que a presidente da estatal teria mentido durante depoimento da CPI do Congresso que investiga irregularidades na companhia.

Marcello Ribeiro Silva

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SÃO PAULO – Em um ritmo avassalador, o escândalo de corrupção da Petrobras pode derrubar “temporariamente” mais um membro da diretoria da empresa. Nesta quinta-feira, a oposição protocolou o pedido de afastamento imediato de Graça Foster da presidência da Petrobras. 

Os opositores do governo da presidente Dilma Rousseff, do PT, alegaram que a presidente da estatal teria mentido durante depoimento da CPI do Congresso que investiga irregularidades na companhia. As representações foram enviadas pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União para a Procuradoria da República no Distrito Federal.

De acordo com o pedido, assinado por Antônio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, Graça não relatou à CPI que a Petrobras foi comunicada sobre descobertas do Ministério Público da Holanda de que funcionários da estatal receberam propina da SBM Offshore.

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A presidente da empresa compareceu ao colegiado em 11 de junho. Na época, Graça negou que a companhia estivesse respondendo a alguma ação no exterior ou no Brasil por essa denúncia, quando indagada por Marco Maia, do PT.

Quinze dias antes de comparecer ao colegiado, a Petrobras recebeu uma carta enviada pela fornecedora de plataformas SBM alertando que o Ministério Público holandês tinha a informação de que foram pagos valores a empregados da empresa por meio do representante no Brasil. Na CPI, Graça descartou a descoberta de irregularidades durante apuração interna, que ocorreu entre fevereiro e abril. Na última segunda-feira, Graça admitiu que a empresa tinha sido informada sobre uma investigação internacional. 

Em seu pedido, Imbassahy pede que seja analisada a viabilidade de instaurar um inquérito criminal que investigue a prática de crimes de prevaricação e falso testemunho. “Ela perdeu a autoridade moral e mentiu durante o depoimento desta CPMI. Mesmo sabendo de diversos indícios de falcatrua, ela manteve o depoimento no Congresso Nacional de que o negócio na refinaria de Pasadena não teria qualquer irregularidade”, afirmou o tucano, acrescentando que Graça usou o cargo para dificultar as investigações. Ele disse ainda que a presidente da estatal transferiu imóveis para familiares depois que soube das denúncias.

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