Oposição japonesa boicota sessão do Parlamento para exigir renúncia de ministro

Opositores querem a demissão do ministro, depois de ele ter comparado mulheres a "máquinas de fazer filhos"

Ana Paula Ribeiro

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SÃO PAULO – Os partidos de oposição japoneses boicotaram, nesta quinta-feira (01), a abertura da sessão do Comitê de Votação do Orçamento, para exigir a renúncia do ministro da Saúde e Bem-Estar Social, Hakuo Yanagisawa, depois de ele ter comparado as mulheres a “máquinas de fazer filhos”, em pronunciamento no último sábado.

A sessão, marcada para votar o orçamento suplementar de 2006, teve a participação apenas da coalizão governista – o Partido Liberal Democrático e o Novo Komeito.

Os opositores, liderados pelo Partido Democrático do Japão, disseram que pretendem manter o boicote enquanto Yanagisawa não pedir demissão do cargo. O premiê Shinzo Abe, no entanto, rejeitou a exigência, embora tenha advertido o ministro e qualificado a sua declaração de “inapropriada”.

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Sem ofensas

Yanagisawa, por sua vez, afirmou nesta quinta que se sente profundamente agradecido pela atitude de Abe e que responderá a altura da confiança, com seu trabalho. Depois de se desculpar, mais uma vez, por sua afirmação, o ministro comentou que espera que os membros do parlamento entendam que ele não é um homem com ponto de vista totalmente contrário às mulheres.

Os partidos de situação, que detêm a maioria das cadeiras no Parlamento, vão tentar votar o orçamento extra na sessão desta sexta-feira, mesmo se os opositores não comparecerem aos debates.

Embora a
taxa de fecundidade
japonesa tenha registrado crescimento em 2006, com 23 mil nascimentos a mais do que no ano anterior, as perspectivas populacionais no país ainda preocupam, já que o número de pessoas pode cair 25% nos próximos 45 anos.

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Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney