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As primeiras pesquisas para os governos estaduais em 2026 começam a desenhar um retrato desigual entre os governadores que poderão disputar a reeleição. Em alguns estados, os atuais mandatários aparecem com vantagem confortável e cenário relativamente estável. Em outros, o quadro é mais fragmentado, com risco real de virada ou disputas altamente competitivas.
Levantamentos divulgados em dezembro pelos principais institutos de pesquisa indicam que o ciclo eleitoral será marcado pela força da centro-direita e da direita em boa parte do país, enquanto o campo governista mantém redutos importantes, sobretudo no Nordeste.
O quadro revela também um padrão recorrente: onde há continuidade administrativa bem avaliada, os atuais governadores ou seus grupos largam em vantagem. Já em estados com desgaste político, crises locais ou ausência de um nome natural à sucessão, o cenário é mais fragmentado e imprevisível.
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Cenário eleitoral
No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul se destaca como um dos casos mais sólidos de reeleição. O governador Eduardo Riedel (PP) lidera com ampla margem todos os cenários testados.
Pesquisa do Real Time Big Data divulgada em 1º de dezembro mostra Riedel com 55% das intenções de voto, contra 16% de Fábio Trad (PT) e 11% de Marcos Pollon (PL). O resultado indica um ambiente de continuidade política e baixa competitividade neste momento.
No Sudeste, São Paulo aparece como o maior exemplo de força eleitoral entre os governadores. Tarcísio de Freitas (Republicanos) lidera com folga todas as simulações em que é testado, inclusive contra ministros do governo federal.
Levantamento do Real Time Big Data divulgado em 2 de dezembro mostra o governador com 45% contra 26% de Geraldo Alckmin e 49% contra 22% de Fernando Haddad. O cenário indica reeleição encaminhada e consolidação do estado no campo da direita.
No Nordeste, há casos de força e de fragilidade clara.
No Piauí, Rafael Fonteles (PT) aparece como um dos governadores mais bem posicionados do país. Pesquisa do Real Time Big Data divulgada em 28 de novembro mostra o governador com 64% das intenções de voto, contra 24% do senador Ciro Nogueira (PP).
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Em Sergipe, o governador Fábio Mitidieri (PSD) também aparece em situação confortável. Levantamento do Real Time Big Data divulgado em 27 de novembro aponta Mitidieri com 46%, contra 22% de Valmir de Francisquinho (PL).
Já em estados como Bahia e Alagoas, o cenário é mais desafiador para os governadores que buscam a reeleição.
Na Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) aparece atrás de ACM Neto (União) nas pesquisas, repetindo a polarização de 2022.
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Levantamento do Real Time Big Data divulgado em 26 de novembro mostra ACM Neto com 44%, contra 35% do atual governador, indicando uma disputa competitiva e com risco real de derrota.
Em Alagoas, o governador Paulo Dantas não aparece como protagonista do cenário, e o embate central envolve JHC (PL) e Renan Filho (MDB), o que enfraquece a posição do atual grupo no poder e expõe o estado a uma possível mudança de alinhamento político.
No Sul, Santa Catarina se destaca como um dos casos mais favoráveis à reeleição. O governador Jorginho Mello (PL) lidera com folga.
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Pesquisa do Real Time Big Data divulgada em 4 de dezembro mostra Mello com 48% das intenções de voto, contra 22% de João Rodrigues (PSD) e 14% de Décio Lima (PT). O resultado indica manutenção do estado no campo da direita.
O panorama geral mostra que, entre os governadores que podem disputar a reeleição em 2026, há um grupo que chega claramente fortalecido — como Tarcísio de Freitas, Rafael Fonteles, Eduardo Riedel e Jorginho Mello — e outro que entra pressionado por adversários competitivos ou por desgaste político.