Omar Aziz critica Bolsonaro e diz que Brasil tem um grande motoqueiro e um péssimo presidente

Bolsonaro não tem poupado ataques a Aziz e demais dirigentes da CPI da Covid

Reuters

Em pronunciamento, senador Omar Aziz (PSD-AM). (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

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BRASÍLIA (Reuters) – Um dos alvos preferenciais de Jair Bolsonaro, o presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta terça-feira que o Brasil tem um péssimo presidente, acusando-o de atacar adversários e agredir mulheres.

Bolsonaro não tem poupado ataques a Aziz e demais dirigentes da Comissão Parlamentar de Inquérito, como o vice-presidente do colegiado Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator Renan Calheiros (MDB-AL), a quem já se referiu como “patetas” e “picaretas”.

“Um presidente que é incapaz de ser solidário aos brasileiros, um presidente que abre a boca para assacar contra quem se contraponha a ele, um presidente motoqueiro! O Brasil tem um presidente motoqueiro que, em vez de ir aos Estados, municípios e visitar um hospital, e visitar uma família que perdeu um ente querido, vai assacar contra os adversários”, disse Aziz, referindo-se às motociatas que Bolsonaro tem participado em viagens pelo país.

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“É uma pessoa que não tem sensibilidade, agressor de mulheres, gosta de gritar com as mulheres, mas adora andar de moto. Grande motoqueiro o Brasil tem; péssimo presidente o Brasil tem”, afirmou Aziz.

O presidente da CPI lamentava a impossibilidade de seguir com o depoimento nesta terça da diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades, que utilizou-se de um habeas corpus parcialmente concedido para evitar se comprometer a dizer a verdade e até mesmo responder qual relação profissional, técnica, mantém com a Precisa Medicamentos. O caso, foi levado novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na forma de embargos de declaração, para esclarecer os limites do habeas corpus e se a depoente pode se recusar a responder questionamentos não impliquem em produção de provas contra si mesma.

Depois, Aziz passou a reclamar sobre possível estratégia do governo para blindar depoentes, alguns deles convocados pela Polícia Federal pouco antes de suas oitivas na CPI, de forma a conferir status de investigados e possibilitar a obtenção de habeas corpus no Supremo.

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Aziz também comentou a “correria” do governo após a decretação da prisão, pela CPI, do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, acusado de participação em suposto esquema de propina na compra de vacinas contra a Covid-19 que teria o envolvimento de integrantes das Forças Armadas.

“Membros do governo, aliados do presidente Bolsonaro foram lá se solidarizar com uma pessoa que foi colocada, exonerada por indício de corrupção, por indício de corrupção! Quem foi lá? Não foi quem está querendo investigar, não. Quem foi lá foi quem defende o governo Bolsonaro aqui dentro”, disse o presidente da CPI.

Acusado de ter cometido abuso ao determinar a prisão de Dias por senadores governistas, Aziz afirmou nesta terça que “abuso de autoridade são as mortes, é a omissão, é ser complacente com um governo que não tem um milímetro de solidariedade”.

O senador desabafou ainda sobre os ataques direcionados a ele, mencionando, inclusive, nota do Ministério da Defesa divulgada na última semana que repudiava declarações dele sobre o envolvimento de integrantes das Forças Armadas em supostas irregularidades.

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